Pescadores arriscam a vida no Tejo por três euros
Os três homens que desapareceram no Rio Tejo, a apanhar amêijoa, estão a chamar a atenção para os riscos que correm os pescadores no Rio Tejo e por apenas três euros, conta hoje o Diário de Notícias.
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País Amêijoa
Os três pescadores que desapareceram no Rio Tejo não deixaram surpreendidos aqueles que todos os dias encaram a apanha da amêijoa como uma profissão…e por apenas meia dúzia de tostões.
Apenas três euros por quilo. É este o preço a que os pescadores conseguem vender o bivalve. Um valor muito baixo tendo em conta o perigo a que se submetem. “São os que vêm aqui comprar ao pessoal e levam depois a amêijoa para a Espanha que ganham com isto”, afirma João ‘Peixe Peixe’ ao Diário de Notícias.
Os três homens que desapareceram – tendo um deles sido encontrado morto no sábado no Seixal– encaravam porém a apanha da ameijoa como um atividade lúdica. “Eles foram às 7 da manhã de sábado para aguentar até às 9h30 […]. Os três homens continuaram a andar na água porque perderam o norte e não viram a maré a encher”, afirma.
Mas esta tragédia chamou a atenção para uma realidade em que muitos “desgraçados” põem a vida em risco por “necessidade”. “Arriscam tudo para vender a amêijoa a três euros o quilo. A maior parte dos que andam aqui na praia Norte são dos que precisam. Mas quem ganha com a amêijoa são os que a compram a eles e a vão vender a Espanha”, reforça João.
Os mariscadores, de 41 e 47 anos, continuam desaparecidos. As buscas serão retomadas hoje ao nascer do sol, cerca das 8h00, vão participar duas lanchas e um helicóptero. Quem conhece o mar ainda tem esperança de que possam aparecer com vida.
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