Caso único de Sida descoberto em criança portuguesa
Uma equipa da Universidade de Coimbra está a investigar o caso único de um menino de cinco anos a quem foi detetado o vírus de imunodeficiência humana (VIH) sem nunca ter apresentado sintomas, avança o Diário de Notícias. A mutação apresentada pela criança atrasa o aparecimento da doença.
© Reuters
País Coimbra
O Centro de Neurociências e Biologia Celular (CNC) da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra (FMUC) está a estudar um caso único de uma criança com cinco anos a quem foi descoberto um tipo raro de imunodeficiência humana (VIH), conta o Diário de Notícias.
O menino nunca apresentou sintomas de estar infetado com Sida até serem necessárias umas análises de rotina para tirar os adenoides e colocar tubos nos ouvidos. Foi nessa altura que os médicos perceberam que havia alterações na coagulação.
Exames posteriores confirmaram o diagnóstico e os pais do menino ficaram a saber que o filho e eles próprios estavam infetados com Sida, sem nunca terem tido quaisquer sintomas.
Esta criança tem um caso único porque, pela primeira vez, foi detetada a associação de duas mutações – R77Q e Q3R – numa proteína do vírus. Estas mutações estão associadas ao surgimento tardio da doença.
A investigação já foi publicada no ‘Journal of Medical Microbiology Case Reports’ da Society for General Microbiology e Teresa Gonçalves, coordenadora do estudo, adianta que a descoberta gera muito entusiasmo.
“Isto levanta imensas perspetivas, como tentar ver que mutações levam o vírus a ser menos eficiente na destruição de células. O ideal seria poder provocar a mutação para atrasar a doença”, explica a investigadora.
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