Prossegue amanhã, no Tribunal Administrativo e Fiscal de Braga, o julgamento que envolve a Câmara de Braga e Souto Moura e que diz respeito à construção do Estádio Municipal, construído para o Euro2004.
De acordo com o Jornal de Notícias, o arquiteto exige ao município o pagamento de mais quatro milhões de euros (três milhões mais juros) em honorários do que aquilo que consta no projeto, alegando que este sofreu alterações.
Souto Moura já recebeu, em honorários, 3,75 milhões de euros, mas frisa que o acordo celebrado em 2000 dizia respeito a uma primeira proposta de conceção, “mais convencional e de custos muito menos elevados” do que aquele que vingou. Além disso, refere que o autarca à data Mesquita Machado foi alertado, numa reunião, para os custos que acarretava uma obra mais arrojada.
Este não é, por sua vez, o entender da Câmara de Braga, que considera que o acordo de honorários fixos dizia respeito à elaboração dos projetos independentemente da sua configuração inicial, sendo que a sua conceção foi deixada “ao critério e à criatividade dos projetistas”.
A suportar a tese de Souto Moura está Rui Furtado, da empresa Afassociados, que disse em tribunal que o acordo dizia respeito a um projeto que não se veio a concretizar e que era mais barato. O engenheiro garantiu também que Mesquita Machado foi alertado para os custos de um projeto mais ambicioso.