O dia 3 de setembro de 2025 ficará na memória dos lisboetas durante muito tempo. A tragédia abateu-se sobre a cidade quando um dos seus símbolos mais icónicos, o Elevador da Glória, descarrilou. 16 pessoas, entre as quais portugueses e estrangeiros, morreram e mais de 20 ficaram feridas.
A investigação ao acidente ainda está a decorrer. Porém, ao longo deste processo têm surgido vários dados sobre o ascensor da Carris, assim como do socorro prestado.
No dia da tragédia, revela na noite de quinta-feira, o jornal Expresso, além dos hospitais da cidade só terem um ortopedista e dois internos de banco na Urgência do São José, a viatura médica de emergência e reanimação (VMER) do Hospital Santa Maria não respondeu à ativação do INEM "porque não tinha como ir".
Segundo o semanário, minutos depois da queda do elevador e de ter sido dado o alerta, o veículo sediado no maior hospital do país - "e que constitui o meio mais diferenciado, com médico e enfermeiro a bordo, tal como no helitransporte" – foi trancado com a chave no interior e sem possibilidade de ser aberto, uma vez que a chave de substituição estava no Algarve.
Foram precisas várias horas para resolver o problema e para a VMER - que apesar de estar alocada ao Santa Maria, é da responsabilidade do INEM - voltar a estar operacional para responder aos pedidos de assistência.
Conta ainda o semanário que a VMER em questão tinha vindo do Algarve de empréstimo, para substituir uma que estava em manutenção.
A esse jornal, o INEM explicou que "o serviço de logística do INEM" tentou resolver o problema "de imediato". No entanto, só cerca de três horas depois do alerta, às 21h20, é que "a viatura retomou a sua operacionalidade", uma vez que tiveram de esperar que a chave suplente viesse de Loulé.
"A hipótese de quebra do vidro, ponderada, implicaria a inoperacionalidade do veículo por um período superior", esclareceu ainda o instituto ao Expresso, sem, contudo, revelar quantos pedidos ficaram sem resposta da equipa do Santa Maria devido a este incidente.
Ao Notícias ao Minuto o Hospital de Santa Maria lembrou que a gestão da frota é da responsabilidade do INEM, pelo que é este instituto que tem de prestar declarações sobre a situação em apreço.
O Notícias ao Minuto aguarda agora esclarecimentos sobre a situação da parte do INEM.
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