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De Israel a Portugal: Ativistas vão ter de reembolsar Estado por viagem

O Ministério dos Negócios Estrangeiros esclareceu que os serviços consulares enviaram, esta terça-feira, o ofício com o valor integral do custo da viagem, que, explica o Governo, é "encargo da responsabilidade dos cidadãos que integram a flotilha".

De Israel a Portugal: Ativistas vão ter de reembolsar Estado por viagem

© Burak Akbulut/Anadolu via Getty Images

Ana Teresa Banha
07/10/2025 20:05 ‧ há 4 horas por Ana Teresa Banha

País

MNE

Os quatro ativistas da flotilha humanitária que rumou até Gaza no último mês vão ter de reembolsar o Estado português pela viagem de Israel, onde estavam detidos, até  Portugal, dado que o valor foi adiantado pelo Governo português.

 

A informação foi avançada pela SIC Notícias e posteriormente confirmada pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE) ao Notícias ao Minuto.

Em causa está a líder do Bloco de Esquerda, Mariana Mortágua, a atriz Sofia Aparício e os (também) ativistas Miguel Duarte e Diogo Chaves.

"Em conclusão do procedimento de retorno de quatro portugueses detidos em Israel, foi hoje enviado pelos serviços consulares o ofício com o valor integral do custo da viagem - encargo da responsabilidade dos cidadãos que integram a flotilha", lê-se na nota.

De acordo com o que explicou o MNE, o valor para o regresso foi adiantado pelo Estado português por "razões logísticas e de ordem prática", nomeadamente, pela "impossibilidade de comunicação prévia com estes cidadãos nacionais.

"A acompanhar o ofício seguiu também o formulário do pedido de reembolso do custo da viagem que cabe a cada um, nos termos do regulamento consular", é explicado.

Note-se que em causa está o regresso dos quatro ativistas portugueses que regressaram, no domingo, a Portugal, depois de estarem detidos durante dias numa prisão em Israel. O grupo foi capturado, juntamente com outros ativistas, pelas forças israelitas, tendo denunciada maus-tratos levados a cabo pelas autoridades de Israel.

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Mariana Mortágua, Sofia Aparício, Diogo Chaves e Miguel Duarte chegaram, este domingo, a Portugal após terem estado quatro dias detidos numa prisão em Israel. À chegada, denunciaram os maus-tratos das autoridades israelitas e deixaram críticas ao Governo português.

Márcia Guímaro Rodrigues com Lusa | 00:01 - 06/10/2025

Em relação a estas queixas, a Embaixada de Israel em Portugal acusou os ativistas portugueses de mentirem quando alegam que foram mal-tratados pelas autoridades israelitas e assegura que tudo foi feito para garantir a sua segurança.

Cerca de 50 barcos, que formavam o grupo da flotilha, foram intercetados pela Marinha israelita ao largo da costa do Egito e da Faixa de Gaza entre quarta-feira e sexta-feira passadas.

Já por cá, os portugueses detidos denunciaram abusos e a falta de direitos dos prisioneiros nas prisões israelitas.

Para os organizadores da flotilha e para a Amnistia Internacional, um movimento que defende os direitos humanos, a detenção dos ativistas foi ilegal.

[Notícia atualizada às 20h20]

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