A situação de agitação marítima em que a costa portuguesa se encontrava encontra-se em "desagravamento", mas nem por isso o cuidado deve ser deixado em casa.
Segundo alerta o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), "apesar de a situação se encontrar em desagravamento, continua a verificar-se uma situação que merece alguma atenção para os interesses costeiros".
O IPMA aponta ainda que os cuidados até agora vigentes não deverão ser diminuídos mesmo depois de o aviso amarelo que esteve em vigor até à manhã desta quarta-feira ter terminado.
"Desta forma, e durante os dias de hoje e amanhã, 27 e 28 de agosto, espera-se ainda na costa ocidental agitação marítima de noroeste com uma altura significativa até cerca de 3 metros, e ainda com um período de pico entre 10 e 15 segundos, podendo esperar-se uma altura máxima das ondas até cerca de 5 metros", detalham os especialistas.
O IPMA acrescenta que mantém o "risco de fortes correntes de retorno nas praias", denominados agueiros.
"Esta situação deverá desagravar gradualmente ao longo dos próximos dias, permanecendo todavia agitação marítima nunca inferior a 1,5/2 metros, e com bastante energia associada, ao longo desta faixa costeira e pelo menos até ao fim-de-semana", lê-se ainda na nota, publicada no Facebook da entidade.
Face à situação, permanecem as "condições de mar que pode ter impacto nas atividades costeiras, nomeadamente nas atividades balneares", aconselhando o IPMA à "a continuação de cuidados acrescidos e o respeito pelas indicações das autoridades".
Note-se que a semana começou com a previsão do agravamento do estado do mar, nomeadamente, na terça-feira e na manhã desta quarta-feira. Segundo explicou então a Autoridade Marítima Nacional, a agitação marítima era resultado de uma "ondulação proveniente do quadrante oeste-noroeste", devido a um ciclone 'vindo' dos Açores. Já na segunda-feira se previa que as ondas poderiam atingir um máximo de sete metros, com um período médio a variar entre os 15 e os 17 segundos.
Os conselhos dados na altura - mas que ainda deve seguir -, ficam abaixo:
- Frequentar praias permanentemente vigiadas;
- Respeitar a sinalização das bandeiras e das praias;
- Respeitar as indicações dos nadadores-salvadores, dos agentes da autoridade e dos elementos que reforçam a vigilância nas praias;
- Vigiar permanentemente as crianças;
- Não se colocar debaixo de arribas instáveis.
Estas condições levaram mesmo a que fossem registados estragos, situação que foi mesmo captada em imagens. De Norte a Sul foram registadas várias situações mais últimas 24 horas, nomeadamente, estragos nas praias da Costa da Caparica, no distrito de Setúbal, passadiços danos em passadiços no Algarve, ou mesmo o momento em que uma onda arrastou banhistas - tendo os nadadores-salvadores conseguido evitar uma tragédia.
Nestes últimos dias estiveram na costa portuguesa, tal como avisou o IPMA, "ondas muito energéticas e com volume de água elevado". A situação decorreu devido ao ciclone pós-tropical ERIN, que se encontrava no sábado "a oeste do arquipélago dos Açores, em deslocamento para nordeste".
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