Em declarações à agência Lusa, Paulo Fernandes salientou que se corre o risco de perder uma janela de oportunidade para mitigar a situação no concelho e, nomeadamente, nos pontos previamente definidos para a atuação dos meios aéreos no concelho.
"Desde as 08h00 que estão definidas as prioridades de intervenção dos meios aéreos. São 10h30 e não está nenhum meio aéreo a atuar. Se não for feito nada acontece o mesmo que aconteceu ontem [quarta-feira]", sustentou.
"Espero que à segunda seja de vez e se perceba que ou mitigamos a situação do fogo ou temos um final de tarde caótico como o de ontem [quarta-feira], sobretudo em Alpedrinha, Alcongosta e Souto da Casa", afirmou.
Este incêndio, que deflagrou no dia 13, em Arganil, distrito de Coimbra, já se estendeu também aos concelhos de Pampilhosa da Serra e Oliveira do Hospital (distrito de Coimbra), Seia (Guarda) e Covilhã e Castelo Branco (Castelo Branco).
Portugal continental tem sido afetado por múltiplos incêndios rurais desde julho, sobretudo nas regiões Norte e Centro.
Os fogos provocaram três mortos, incluindo um bombeiro, e vários feridos, alguns com gravidade, e destruíram total ou parcialmente casas de primeira e segunda habitação, bem como explorações agrícolas e pecuárias e área florestal.
De acordo com o último relatório provisório do Sistema de Gestão de Incêndios Florestais (SGIF), atualizado na quarta-feira, o incêndio de Arganil já terá consumido 53.224 hectares.
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