"Estivemos bastante preocupados no momento em que as frentes estavam ativas e estavam fortes, entretanto conseguimos fazer esse controlo das chamas", afirmou a presidente da Câmara de Vila Pouca de Aguiar, Ana Rita Dias, que falava na aldeia de Pinduradouro.
Foi próximo desta aldeia que o incêndio começou pelas 10h00, tendo os bombeiros evitado que se aproximasse da localidade, mas, mais tarde, uma mudança de vento voltou a empurrar as chamas para perto de Pinduradouro.
Ana Rita Dias disse que, na envolvente da aldeia existem pastos agrícolas, o que considerou ser uma "vantagem nestas situações", e que os populares se juntaram aos operacionais para ajudar no combate.
Um deles foi Domingos Gonçalves que andou com o seu trator com a cisterna carregada de água a ajudar a apagar as chamas e a proteger o pasto e o rebanho.
"O incêndio começou de manhã e não tem dado tréguas", acrescentou Júlia Gonçalves, que vive na entrada da aldeia que pertence à freguesia do Alvão.
O fogo tem duas frentes que lavram com "média alta intensidade", uma em direção a Gouvães da Serra, e uma outra em direção a Lamas, já no concelho de Ribeira de Pena, e, segundo fonte da Proteção Civil, pelas 17h00 estavam no terreno 190 operacionais, 55 veículos e sete meios aéreos.
O vento forte e os acessos são dificuldades apontadas pelos operacionais no combate a este fogo.
A serra do Alvão integra os concelhos de, Vila Pouca de Aguiar, Ribeira de Pena, Vila Real e Mondim de Basto, tendo sido atingida nestes dois últimos concelhos por um outro incêndio que deflagrou sábado e entrou em resolução na manhã de quarta-feira.
Em Vila Real e Mondim de Basto permanecem hoje em operações de rescaldo, consolidação e vigilância, de acordo com as informação da página da internet da Proteção Civil, 254 operacionais, com 80 viaturas e um meio aéreo.
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