Bairros ilegais. IL acusa CM de Almada de "falhanço político prolongado"

A Iniciativa Liberal em Almada (IL/Almada) acusou hoje a Câmara Municipal deste concelho do distrito de Setúbal de desresponsabilização e "falhanço político prolongado" devido a "décadas de inação" nos bairros ilegais no concelho.

Bairro Segundo Torrão, Almada

© Global Imagens

Lusa
23/07/2025 12:03 ‧ há 2 semanas por Lusa

País

Bairros ilegais

Em comunicado, a IL/Almada considerou "inaceitáveis" declarações da presidente da autarquia, Inês de Medeiros (PS), durante a "Cimeira da Grande Lisboa", um evento da SIC Notícias realizado na terça-feira à noite, para debater os temas de habitação, segurança e transportes.

 

Na nota, a força política considerou que a existência e a degradação de bairros ilegais no concelho, como o bairro do 2.º Torrão, Penajóia, Terras da Costa e Raposo, "são hoje símbolos de um falhanço político prolongado e de uma administração que, durante décadas --- primeiro sob a CDU, depois sob o PS e o PSD --- virou a cara ao problema".

Segundo a IL/Almada, as famílias do 2.º Torrão "continuam à espera de realojamento digno, a Penajóia cresce de forma descontrolada, o bairro do Raposo permanece esquecido e nas Terras da Costa ainda subsistem algumas situações por resolver".

A resposta da autarquia tem sido "a desculpa sistemática: 'os terrenos não são nossos'", considerou a IL/Almada, para quem esta justificação "não só não resolve os problemas como demonstra total incapacidade política e falta de vontade de agir", além de ausência de "estratégia, liderança e responsabilidade".

O partido considerou ainda que, na conferência, Inês de Medeiros "voltou a lavar as mãos da responsabilidade municipal, transferindo culpas para o Estado central", demonstrando "uma postura absolutamente inaceitável para quem lidera os destinos de uma cidade como Almada, ignorando o papel do município no ordenamento, fiscalização e intervenção social".

O partido considerou como "apenas mais um exercício de retórica inconsequente" uma moção aprovada por unanimidade, pela Câmara de Almada, na segunda-feira, em defesa de "habitação digna", na qual exige respostas do Governo para o "flagelo social e sanitário" nos terrenos de Penajoia e do Raposo.

A IL/Almada defendeu a necessidade de uma "fiscalização efetiva e contínua da expansão ilegal", a "contenção imediata da ocupação de solos públicos e privados", um "plano transparente e realista de realojamento digno e célere das famílias" e "políticas de habitação centradas na legalidade, na dignidade e na sustentabilidade social e financeira".

A "Cimeira da Grande Lisboa" juntou na SIC Notícias cinco presidentes de câmara (Almada, Lisboa, Loures, Oeiras e Sintra) e o vice-presidente da autarquia de Cascais para debater os temas de habitação, segurança e transportes.

No evento, Inês de Medeiros, autarca de Almada, sublinhou que, no seu concelho, as habitações precárias têm crescido em terrenos do Estado, nos bairros de Penajoia e Raposo, e criticou a "inoperância e ausência total do IHRU [Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana]".

Leia Também: Vida Justa reage a declarações de Rodrigo Leão acusando-o de "mentir"

Partilhe a notícia

Escolha do ocnsumidor 2025

Descarregue a nossa App gratuita

Nono ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas