A Polícia Judiciária (PJ) levou a cabo 11 buscas domiciliárias e não domiciliárias no Porto, Vila Nova de Famalicão, Matosinhos e Barcelos, no âmbito de uma investigação a uma empresa de confeção pelos crimes de fraude e desvio de subsídios.
O inquérito em causa investiga a conduta do responsável de uma sociedade, no que toca à submissão de três candidaturas a fundos comunitários, bem como ao destino dado às verbas obtidas, ascendendo o valor dos projetos a cerca de oito milhões de euros.
De acordo com um comunicado enviado às redações esta quarta-feira, existem "fortes indícios de que empresa, a laborar na área da confeção, foi declarada insolvente em 2022, conduzindo ao despedimento de cerca de 200 trabalhadores".
Segundo a PJ, a partir dessa data, a empresa foi gerida de forma lesiva, "apurando-se que, aquando da execução dos projetos, a sociedade encontrava-se em incumprimento à segurança social".
A operação resultou na apreensão de de sete viaturas automóveis, um motociclo, um barco de recreio, bem como 170 máquinas de confeção de valor elevado que se encontravam em local fechado, visando eventualmente a sua dissipação.
No total, estiveram envolvidos cerca de 40 inspetores da PJ, incluindo ainda elementos do Gabinete de Recuperação de Ativos (GRA) do Norte, peritos financeiros e informáticos, bem como inspetores da Autoridade Tributária, além da participação de um magistrado judicial e de 4 magistrados do Ministério Público.
Através do GRA foram, ainda, efetuados arrestos de quatro imóveis e diversas contas bancárias.
Das buscas resultou, ainda, a apreensão de um grande acervo documental e digital, para consolidação da prova dos factos em investigação.
O inquérito é titulado pelo DCIAP Norte.
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