Publicado na segunda-feira na página de Internet da Procuradoria-Geral Distrital do Porto, o MP refere que, por despacho datado de 28 de maio, acusou aquele grupo pela prática de diversos crimes de burla e burla qualificada, falsidade informática, uso de documentos de identificação e branqueamento.
No total, o MP acredita que o grupo fez mais de 150 vítimas e causou prejuízos superiores a 41.247,50 euros.
Segundo o texto, o MP "considerou fortemente indiciado" que os arguidos, divididos por dois grupos, entre abril de 2021 e julho de 2024, mês em que foram detidos, "dedicaram-se à sucessiva criação e publicação de anúncios falsos em plataformas digitais, para venda de bens e veículos ou para arrendamentos para férias".
Os arguidos, acredita o MP, criaram vários perfis falsos na rede social Facebook ou na plataforma OLX com os quais publicaram anúncios fictícios com contactos telefónicos não identificados e, "após contacto das vítimas, exigiam-lhes o pagamento do preço do bem ou a entrega de adiantamento para garantia de reserva do arrendamento".
No texto, o MP refere que os valores pagos eram creditados em contas bancárias que os arguidos dominavam, tendo usado um total de 21 contas bancárias.
"Por vezes, para credibilizar os anúncios, exibiam documentos de identificação dos titulares das contas bancárias e/ou identificavam-se como tal", lê-se.
Uma vez na posse daquelas quantias, os arguidos levantavam o dinheiro daquelas contas e repartiam os lucros entre si, segundo o MP.
Três dos arguidos vão responder a este processo em prisão preventiva.
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