A Polícia Judiciária (PJ) encontrou, na noite de domingo, o corpo de uma mulher numa mata de Mortágua, que, ao que tudo indica, será de Conceição Figueiredo, de 69 anos, desaparecida há duas semanas, em Oliveira do Bairro, distrito de Aveiro.
O misterioso desaparecimento de São, como era carinhosamente chamada pelos familiares e amigos, esteve, desde logo, envolto em suspeitas de que algo grave tinha acontecido.
Hoje as suspeitas foram confirmadas, através de um comunicado da PJ enviado às redações, a dar conta do macabro achado.
Já segundo, o Jornal de Notícias, São terá sido assassinada à facada, por razões passionais, e o seu corpo deixado numa estrada junto a uma zona florestal, conhecida pelo suspeito, Jair, de 58 anos, por ali ter trabalhado na extração de areias.
Do namoro à "obsessão"
Jair e São terão tido um curto namoro, no verão do ano passado. Poucos meses depois do início do relacionamento, a mulher terá colocado um ponto final no mesmo. Só que o homem, divorciado já duas vezes, não aceitou a decisão.
A partir daí, terá desenvolvido uma "obsessão" por São, que nem a distância - a mulher passou vários meses em França, com os filhos - 'arrefeceu'.
Quando São voltou a Portugal, no passado mês de abril, Jair voltou a persegui-la, como relataram várias testemunhas, entre as quais o irmão, mas ninguém esperava o desfecho trágico.
No domingo, 18 de maio, São foi com uma amiga a uma danceteria da freguesia da Palhaça. Pouco depois, Jair apareceu. O ex-casal acabou por dançar várias músicas, até que, saíram juntos do espaço.
Jair e São ainda foram vistos numa pastelaria da mesma freguesia da danceteria. O que aconteceu a seguir permanece, ainda hoje, depois de o corpo ter sido encontrado, um mistério.
De acordo com o Correio da Manhã, Jair ainda foi visto por uns vizinhos, na madrugada de segunda-feira, dia 19 de maio. Nessa altura, terá pedido aos vizinhos para tomarem conta da mãe, uma vez que estaria fora uns dias por estar "desnorteado". Mas de São já ninguém sabia.
Depois do desaparecimento, a casa de Jair foi alvo de dois incêndios. O matutino garante que o próprio confessou, durante chamadas telefónicas, ter sido o autor do fogo. O objetivo era evitar que a família fosse herdeira do seu património.
Nas mesmas chamadas - feitas a uma amiga - Jair terá confessado o assassinato de São. "Fiz m****. Matei a São", terá afirmado, garantido que também se irá matar.
Se o fez ainda não se sabe, porque Jair continua desaparecido e as autoridades a procurarem-no.
Já o corpo de São foi transportado agora para o Instituto de Medicina Legal para ser autopsiado.
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