Na fase Delta, de combate aos incêndios florestais, entre 01 de julho e 30 de setembro, "não está equacionado reforço do dispositivo da sub-região", explicou à agência Lusa Carlos Pica.
"No entanto, e caso a situação conjuntural se proporcione, poderão ser alocados à sub-região, meios de reforço de outras sub-regiões e/ou regiões, [mas] esperamos que esta situação não venha a acontecer", reforçou.
Segundo os dados do Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Rurais (DECIR) para este ano, no nível Bravo, que arrancou no dia 15 e decorre até domingo, a região tem contado com 205 operacionais e 40 veículos de apoio, estando ainda disponíveis "dois aviões médios (AVBM - 'fireboss')", sedeados no Centro de Meios Aéreos de Beja (BA n.º 11).
No nível Charlie, entre 01 e 30 de junho, vão integrar o dispositivo um total de 240 operacionais, apoiados por 50 veículos e quatro meios aéreos.
Já na fase Delta, a "mais musculada", o dispositivo vai ter 244 operacionais, com 50 veículos, dois helicópteros bombardeiros ligeiros e dois aviões bombardeiros médio, indicou Carlos Pica.
Além das corporações de bombeiros, integram também o dispositivo a Unidade Especial Proteção e Socorro da GNR, as equipas de sapadores florestais dos municípios e do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) e a Força Especial de Proteção Civil da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil.
Ainda de acordo com o responsável, até ao momento o "ponto de situação é positivo" devido à flexibilidade e disponibilidade dos corpos de bombeiros, porém existem condicionalismos.
"Existem corpos de bombeiros com equipas de combate a incêndios (ECIN) e equipas logísticas de apoio ao combate (ELAC), outros que só têm ECIN, outros que só conseguem constituir ELAC e outros, lamentavelmente, não conseguem integrar o dispositivo por falta de operacionais", admitiu.
Este ano mudou o critério de contabilização dos operacionais envolvidos no combate aos incêndios rurais, não sendo por isso possível fazer uma comparação com 2024.
Segundo a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, a Diretiva Operacional Nacional deste ano "deixou de contemplar os meios e recursos afetos à vigilância e deteção, os quais são objeto de diretiva própria da responsabilidade da Guarda Nacional Republicana", tendo também sido "alterado o critério de apresentação dos meios (humanos e materiais)".
A Proteção Civil indicou também que o DECIR deste ano apresenta "somente os meios, permanentes e mobilizáveis, efetivos em cada momento", passando a "ser contabilizados, de forma diária, os operacionais mobilizáveis (com tempo de mobilização até três horas), registando os recursos existentes e que em 2024 não estavam contabilizados".
Entre julho e setembro, considerada a fase mais crítica, estão mobilizados, entre permanentes e mobilizáveis, 15.024 operacionais de 2.567 equipas e 3.411 viaturas e 79 meios aéreos, mais sete no ano passado.
Ao contrário do que acontece anualmente, o DECIR não foi este ano apresentado publicamente, tendo estado prevista uma sessão pública para 29 de abril, mas foi cancelada por se realizar um dia depois do apagão.
Leia Também: Fogos. Alto Tâmega terá 3 helicópteros e 500 operacionais em fase crítica