"A mobilização de terça-feira insere-se na luta dos profissionais de educação pela escola pública, com destaque para a luta que os assistentes operacionais têm vindo a desenvolver desde o início do ano letivo", disse à agência Lusa Daniel Martins, do STOP - Sindicato de Todos os Profissionais de Educação.
"É importante manter a pressão sobre o Governo atual, bem como sobre todos os partidos, para que haja um comprometimento para a resolução dos problemas da escola pública. E para deixar uma mensagem ao futuro Governo de que há problemas muito prementes que continuam por resolver", acrescentou o sindicalista.
Entre outras razões para a greve convocada pelo STOP, Daniel Martins lembra que há professores, bem como técnicos superiores especializados - psicólogos, terapeutas da fala, intérpretes de língua gestual e outros -, que continuam "à espera de um concurso para se vincularem à escola pública, apesar de alguns já terem mais de uma década de serviço nas escolas".
Destacou ainda o problema dos assistentes operacionais que estão a ser confrontados com o indeferimento dos pedidos de reinscrição na Caixa Geral de Aposentações (CGA).
"O Estado obrigou os assistentes operacionais a mudar de contrato de trabalho em finais de 2005, um mês antes de entrar em vigor a lei que não permite a reinscrição na CGA", disse o sindicalista, salientando que se trata de uma situação que retira direitos adquiridos anteriormente pelos trabalhadores em causa.
O sindicato não avança nenhuma previsão sobre a adesão à greve e à manifestação em Setúbal, mas admite que espera uma participação de uma ou duas centenas de profissionais de educação e a possibilidade de encerramento de algumas escolas.
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