Um dos cinco detidos na sequência de desacatos entre famílias, na Amadora, em junho, ficou sujeito a prisão preventiva. Os restantes foram obrigados a levar a cabo apresentações periódicas diárias às autoridades da sua área de residência, de acordo com Ministério Público (MP).
Os arguidos, que têm idades entre os 25 e os 54 anos, foram detidos e indiciados pela prática de oito crimes de homicídio qualificado na forma tentada, assim como pela prática de cinco crimes de detenção de arma proibida, segundo indicou um comunicado publicado esta quinta-feira pelo MP.
O crime ocorreu a 4 de junho, quando um dos ofendidos se deslocou a um café daquela zona e, “por razões não concretamente apuradas, [se envolveu] com outros dois indivíduos numa discussão, da qual resultaram agressões físicas”.
“Depois do incidente, a vítima regressou à residência, onde se encontravam outros familiares. Pouco depois, ouvindo barulho na rua, dirigiram-se à janela e constataram que se encontrava junto ao prédio um grupo de indivíduos, composto por, pelo menos, 11 elementos, entre eles familiares e amigos dos arguidos, que gritavam insultos e ameaças de morte”, complementou o MP.
O grupo foi, depois, para o prédio em frente e, munido com armas de fogo, posicionou-se numa janela na direção da casa das vítimas, de onde efetuou “um número não concretamente apurado de disparos, visando atingi-las no corpo”.
Um dos ofendidos foi atingido e caiu no chão. Ao tentar fechar o estore da janela, outra das vítimas também foi atingida.
Presentes a interrogatório judicial, a 19 de dezembro, um dos arguidos ficou sujeito a prisão preventiva, enquanto os restantes ficaram sujeitos à obrigação de apresentações periódicas diárias às autoridades da sua área de residência. Todos ficaram proibidos de contactar com as vítimas.
O inquérito corre termos no Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DIAP) do Núcleo da Amadora e encontra-se em segredo de justiça.
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