O objetivo, explica a SPEA em comunicado, é criar santuários por todo o país onde especialistas, em conjunto com os proprietários dos terrenos, vão definir medidas para favorecer a avifauna e a biodiversidade local.
"Num contexto de declínio de grande número de espécies, incluindo muitas consideradas comuns, é indispensável envolver as pessoas diretamente na conservação da Natureza, e das aves em particular", sublinhou o diretor executivo da SPEA, Rui Borralho.
Nos santuários, os especialistas poderão ajudar a desenvolver medidas como a criação de charcos e pontos de água, substituir plantas invasoras por espécies autóctones, implementar parcelas de culturas para a fauna ou instalar caixas-ninho.
"Ao criar condições favoráveis para as aves regressarem aos nossos campos, estaremos a criar campos mais saudáveis, com melhor ambiente para as gerações futuras", acrescenta Rui Borralho, citado em comunicado.
Alertando o declínio das espécies de aves das zonas agrícolas, associadas ao uso excessivo de agroquímicos, às monoculturas e à destruição de 'habitats' tradicionais, a SPEA refere que instrumentos como a Política Agrícola Comum não estão a conseguir proteger a biodiversidade e os pequenos agricultores.
Em Portugal, por exemplo, a andorinha-das-chaminés sofreu uma redução de 40% nos últimos 20 anos, refere a sociedade.
A campanha de angariação de donativos está a decorrer na página da Internet da iniciativa, em www.santuarios.spea.pt.
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