PJ aguarda para ouvir ferido em rixa em bar de Albufeira
A investigação do homicídio de um segurança num bar de Albufeira, durante uma rixa, já permitiu ouvir várias testemunhas e a constituição de arguidos, disse à Lusa o diretor da unidade territorial do sul da PJ, Luís Mota Carmo.
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"Todas as pessoas que tinham de ser ouvidas foram ouvidas, aguarda-se só oportunidade de ouvir o ferido grave que está internado" e que aguarda cirurgia maxilofacial, adiantou aquele responsável.
A PJ não quer avançar mais informações e garantiu que, caso haja detenções, elas serão comunicadas publicamente.
O episódio ocorreu na madrugada de quarta-feira, tendo resultado na morte do segurança do bar, um ferido grave e um ferido ligeiro e teve origem num desentendimento com um grupo de clientes num bar localizado na Oura, concelho de Albufeira, explicou fonte do Comando Territorial de Faro da GNR.
Após o segurança ter sido ferido com uma arma branca, um grupo de amigos que estavam no local saíram em sua defesa e os confrontos foram interrompidos pela equipa da unidade de intervenção da GNR, que está a fazer o reforço de verão em Albufeira.
A situação mereceu a reação da Associação Nacional de Vigilantes, que quer que o Governo considere as agressões aos seguranças particulares um crime público, disse à Lusa o presidente daquela associação, vincando que o número de casos de agressões a estes profissionais têm vindo a aumentar.
"Queremos pedir ao Ministério da Administração Interna, ao Governo e à Assembleia da República que legislem para que as agressões a seguranças privados se tornem um crime público", afirmou Rui Silva.
A maior parte das agressões que ocorrem a nível nacional contra os seguranças acabam por não avançar com queixas, porque, segundo a Associação Nacional de Vigilantes (ANV), poucas entidades patronais acolhem e suportam o vigilante em processos de agressão ou ofensas.
Rui Silva aponta ainda uma falha na legislação em vigor sobre o uso de armas não letais por seguranças privados que estrangula a atuação e proteção daqueles profissionais e que possa também funcionar como meio dissuasor de agressões.
A legislação em vigor desde 2008, que aprova o uso de armas não letais para os seguranças privadas, tem uma alínea que indica que as armas só poderão ser usadas com a autorização da empresa para quem trabalham.
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