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Álvaro Monjardino. Bolieiro recorda "um dos obreiros" da autonomia

O líder do PSD/Açores, José Manuel Bolieiro, considerou hoje o antigo presidente da Assembleia Legislativa Regional Álvaro Monjardino, que morreu na sexta-feira, aos 94 anos, "um dos obreiros da consolidação da autonomia açoriana".

Álvaro Monjardino. Bolieiro recorda "um dos obreiros" da autonomia
Notícias ao Minuto

15:38 - 17/08/24 por Lusa

País José Manuel Bolieiro

lvaro Monjardino, nascido a 06 de outubro de 1930, na ilha Terceira, deixou-nos ontem, depois de ter dedicado a sua vida aos Açores, servindo-os como primeiro presidente da Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores, lutando pela afirmação do projeto autonómico açoriano", afirma o também presidente do Governo dos Açores, que tinha já lamentado publicamente o óbito enquanto chefe do executivo PSD/CDS-PP/PPM.

 

Citado numa nota de imprensa, Bolieiro refere que Monjardino, "acima dos cargos que desempenhou, e do legado coletivo que deixa, foi um homem bom que fará falta aos Açores".

"A sua memória servirá de exemplo para todos aqueles que continuam a servir as nossas nove ilhas. Álvaro Monjardino continuará vivo pelo impacto que deixou na história dos Açores", afirma José Manuel Bolieiro.

Na sexta-feira, após ser conhecida a notícia da morte, o presidente do Governo dos Açores afirmou na rede social x (ex-Twitter) que Monjardino "dedicou a sua vida à causa pública, deixando um importante legado para a afirmação da democracia e autonomia dos Açores".

Hoje, o executivo do arquipélago divulgou uma nota no seu 'site' lamentando a morte da "figura incontornável na história da região", lembrando, além do trabalho político, o seu "legado intelectual significativo", com obras como "A Quinta Região" ou "Problemas de Educação numa Região Insular".

Nascido em 06 de outubro de 1930, na freguesia da Conceição, em Angra do Heroísmo, na ilha Terceira, Álvaro Monjardino morreu na sexta-feira, aos 94 anos, na sua terra natal.

Licenciado em Direito, foi filiado no PSD e exerceu vários cargos políticos, como deputado à Assembleia Legislativa Regional na I e II legislaturas (pelo círculo eleitoral da Graciosa) e na III legislatura (pelo círculo eleitoral da Terceira), tendo sido eleito presidente do parlamento açoriano nas duas primeiras legislaturas (1976/1978 e 1979/1984).

Foi ainda vogal da Junta Regional dos Açores, na área da Coordenação Económica e Finanças, e ocupou o cargo de ministro-adjunto do primeiro-ministro no IV Governo Constitucional, chefiado por Carlos Mota Pinto (1978-1979).

Álvaro Monjardino foi também presidente da direção do Instituto Histórico da Ilha Terceira (1984-1999), sócio correspondente da Academia Portuguesa de História e um dos "principais obreiros" do processo que levou à classificação do centro histórico da cidade de Angra do Heroísmo como Património da Humanidade na lista da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO, na sigla em inglês).

Em 03 de setembro de 2021, por ocasião das comemorações dos 45 anos da autonomia regional, foi homenageado pela Assembleia Legislativa na inauguração da biblioteca do parlamento açoriano - designada desde essa data por Biblioteca Álvaro Monjardino -, numa cerimónia presidida pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.

O velório de Álvaro Monjardino terá início hoje pelas 14h00 locais (15h00 em Lisboa) na igreja da Misericórdia de Angra do Heroísmo e o funeral decorre no domingo, às 10h00 locais, informou a família.

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