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Nomes de menores na AR? Comissão de Proteção de Dados abre processo

A Comissão Nacional de Proteção de Dados (CNPD) abriu um processo de averiguações sobre a divulgação de nomes de menores, alunos numa escola em Lisboa, por parte do líder do Chega no Parlamento, foi hoje anunciado.

Nomes de menores na AR? Comissão de Proteção de Dados abre processo

© Horacio Villalobos#Corbis/Corbis via Getty Images

Lusa
16/07/2025 11:20 ‧ há 2 meses por Lusa

País

CHEGA

"A CNPD informa que, na sequência das diversas queixas apresentadas, foi aberto um processo de averiguações que corre os seus termos legais", respondeu hoje a instituição à Agência Lusa.

 

Tendo em conta que o processo está a decorrer, "a CNPD não se pode pronunciar" sobre o número de queixas, nem os motivos, pode ainda ler-se na resposta.

Dirigentes associativos, partidos políticos e cidadãos anunciaram publicamente que iriam apresentar queixa contra o facto de o Chega ter divulgado nomes de origem estrangeira de crianças que frequentam uma escola portuguesa, considerando que passaram à frente na lista de menores de nacionalidade portuguesa.

O organismo presidido por Paula Meira Lourenço irá avaliar o caso, e caso seja dada razão às queixas, por violação do Regime Geral de Proteção de Dados (RGPD), o alvo pode ter de pagar uma multa.

A divulgação dos nomes foi feita durante o debate parlamentar às alterações da lei da nacionalidade.

"Estes senhores são zero portugueses", disse André Ventura, perante os aplausos de pé da sua bancada.

Da bancada do PS, ouviu-se "isso é crime" e todos os partidos de esquerda contestaram o facto de o presidente então em exercício do parlamento, o socialista Marcos Perestrelo, tenha autorizado aquilo que diziam ser um "número para ser replicado em redes sociais", quando não se sabe sequer qual o tipo de nacionalidade desses menores.

Marcos Perestrelo disse que os nomes não permitiam identificar as crianças em causa, uma posição secundada pelo presidente da Assembleia, José Pedro Aguiar-Branco.

Na véspera, a deputada Rita Matias leu igualmente, num vídeo no Tik Tok, os nomes de alunos com nomes e apelidos estrangeiros dessa lista.

No debate parlamentar, André Ventura disse que a lista era "pública", mas Rita Matias admitiu posteriormente que não tinha confirmado a "veracidade" dos nomes.

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O presidente do Chega reiterou não ser possível encontrar "um André, um João, uma Maria" entre as listas de alunos de uma escola, o que considerou ser um indício de "uma inversão demográfica". Por sua vez, os partidos denunciaram "o discurso de ódio".

Notícias ao Minuto com Lusa | 23:57 - 07/07/2025

Leia Também: Alunos imigrantes têm prioridade nas escolas? "Falso", assegura Fenprof

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