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75 mil euros no gabinete? Costa diz-se "chocado" e nega prevaricação

O ex-primeiro-ministro António Costa foi ouvido pelo Ministério Público a seu pedido, no âmbito da Operação Influencer, que levou à queda do Governo e à viragem do Executivo à Direita, com Luís Montenegro a ser eleito pelos portugueses, em março.

75 mil euros no gabinete? Costa diz-se "chocado" e nega prevaricação

O ex-primeiro-ministro António Costa foi ouvido, na sexta-feira, pelo Ministério Público (MP), no âmbito na Operação Influencer, que desencadeou uma crise política que levou à demissão do responsável e convocação de eleições.

De acordo com o que a SIC Notícias apurou junto de fonte ligada ao processo, António Costa foi inquirido durante uma hora e meia a seu pedido.

Enquanto foi ouvido, Costa revelou que ficou "chocado" com a descoberta de mais de 75 mil euros que estavam escondidos no escritório de Vítor Escária, então chefe de gabinete do primeiro-ministro.

A mesma fonte adiantou que Costa garantiu ao MP que não cometeu qualquer crime de prevaricação para beneficiar as empresas investigadas na Operação Influencer.

António Costa anunciou, em abril, que ordenou a apresentação de um requerimento no Ministério Público, para ser ouvido "com a maior celeridade" possível. O documento foi submetido formalmente a 2 de abril. O MP decidiu, no entanto, não esperar pelo fim do prazo referido pelo Código do Processo Penal nestas situações.

Advogados do antigo primeiro-ministro adiantaram entretanto à Lusa que Costa "prestou todos os esclarecimentos solicitados pelo Ministério Público, não tendo sido constituído arguido" e "mantém-se, como até agora, totalmente disponível para colaborar em tudo o que o Ministério Público entender necessário".

"O dr. António Costa foi hoje ouvido na qualidade de declarante, na sequência do requerimento por si apresentado em 2 de abril de 2024", referiram ainda.

Quem também pediu para ser ouvido nesta investigação, no dia seguinte a ter sido alvo de buscas domiciliárias, foi o ex-ministro das Infraestruturas João Galamba, que foi constituído arguido. Até ao momento, no entanto, não teve qualquer resposta do Departamento Central de Investigação e Ação Penal.

Recorde a Operação Influencer

A legislatura anterior foi interrompida na sequência da demissão do primeiro-ministro, António Costa, após ter sido tornado público que era alvo de um inquérito judicial instaurado pelo Ministério Público no Supremo Tribunal de Justiça a partir da designada Operação Influencer.

Esse processo judicial está relacionado com a produção de energia a partir de hidrogénio em Sines, Setúbal, e com o projeto de construção de um centro de dados (Data Center) na zona industrial e logística de Sines pela Start Campus.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, aceitou de imediato a demissão do primeiro-ministro e dois dias depois anunciou ao país a dissolução do parlamento e a convocação de eleições, que se realizaram no dia 10 de março, dando a maioria ao PSD/CDS-PP/PPM.

Leia Também: Logótipo de Costa e estante 'dos 75 mil euros' ganham prémios nacionais

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