Ordem dos Psicólogos lança obra sobre ética e deontologia no exercício da atividade

A Ordem dos Psicólogos lança na quinta-feira "A Ética e a Deontologia no Exercício da Psicologia", obra que pretende refletir sobre os dilemas éticos desta profissão, bem como servir de consulta as profissionais e estudantes, descreveu o autor.

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Lusa
23/07/2014 18:15 ‧ 23/07/2014 por Lusa

País

Quinta-feira

Partindo da convicção de que "a psicologia é uma prática que se baseia na autonomia dos seus profissionais", Miguel Ricou, autor de "A Ética e a Deontologia no Exercício da Psicologia", decidiu avançar com a publicação de uma obra que fala de "um conjunto sólido de princípios éticos-aspiracionais, identitários da psicologia".

"O psicólogo tem de tomar decisões no aqui e agora. Este livro pode ajudar o psicólogo a perceber como tomar decisões e a confiar nelas", disse, à Lusa, o autor que é também presidente do conselho jurisdicional da Ordem dos Psicólogos Portugueses.

Com esta obra pretende-se, confidenciou Ricou, "ocupar um espaço que não existia na psicologia em Portugal", através da reflexão à volta dos "principais dilemas éticos da psicologia" e dando "respostas fundamentadas à volta do raciocínio ético".

"Os psicólogos estão organizados como profissão há relativamente pouco tempo. Este livro pode ser um complemento à própria compreensão do Código Deontológico da Ordem para ajudar o público em geral, os profissionais e estudantes de psicologia a compreender melhor a forma de promover o raciocínio de Ética", disse Miguel Ricou.

Nascendo de uma Ordem que foi constituída em Portugal em 2010 e refletindo sobre um Código que data de 2011, "A Ética e a Deontologia no Exercício da Psicologia" fala de uma profissão que para muitos é "nova", ainda que conte, na realidade, com décadas de existência.

"A psicologia em Portugal existe há 20/30 anos mas em termos de regulação tem cerca de quatro anos. Houve um 'boom' grande de formação. É evidente que às vezes há algumas dissonâncias e algumas discordâncias sobre qual é o papel do psicólogo. E uma das minhas grandes preocupações hoje em dia quando penso na psicologia, seja numa área clínica, seja na área organizacional ou de educação, é promover uma identidade na psicologia", descreveu o autor.

Miguel Ricou, que é também professor auxiliar na Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP), integrando o Departamento de Ciências Sociais e da Saúde, reconhece que hoje se "fala-se muito em psicologia", mas "muitas pessoas não sabem muito bem o que fazem os psicólogos", aproveitando para vincar que "a identidade fundamental da psicologia é promover o autoconhecimento das pessoas".

"O psicólogo ajuda as pessoas a conhecerem-se melhor a si próprias, porque parte-se do princípio de que quanto melhor se conhecem, melhores decisões poderão tomar para as suas vidas", referiu.

A instrumentalização das crianças em situações de disputa parental, ainda que "não seja dos casos mais frequentes da psicologia", mas por motivar as pessoas a fazer "queixas à Ordem por serem situações sensíveis", é um dos dilemas desta especialidade discutidos na obra.

Com prefácio do bastonário da Ordem, Telmo Baptista, e posfácio do psicólogo, psicoterapeuta e psicanalista Eduardo Sá, a apresentação do "A Ética e a Deontologia no Exercício da Psicologia" está agendada para quinta-feira, pelas 18:30, na FMUP.

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