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PSP deteve 160 carteiristas em dois anos. Número foi maior em 2023

Ao todo, foram identificados e detidos 693 suspeitos nos últimos dois anos.

PSP deteve 160 carteiristas em dois anos. Número foi maior em 2023
Notícias ao Minuto

09:14 - 25/03/24 por Notícias ao Minuto

País PSP

A Polícia de Segurança Pública (PSP) identificou 693 suspeitos da prática de crime de furto por carteirista nos últimos dois anos, tendo detido 160. Registou-se um aumento em 2023 comparativamente a 2022.

De acordo com a análise do Notícias ao Minuto aos dados enviados pela PSP, em 2022 foram registados 4850 crimes de furto por carteirista, identificados 238 suspeitos e detidos 58.

Já em 2023, os crimes de furto por carteiristas ultrapassaram ligeiramente os 5000 (dados provisórios). Nesse ano, foram identificados 295 suspeitos (+19,3% que em 2022)) e detidos 102 (43,1% face a 2022). 

A PSP justifica este aumento com a aposta na prevenção e repressão deste tipo de criminalidade. 

Em 2023, o valor do prejuízo patrimonial causado por estes furtos ultrapassou os 2,4 milhões de euros, segundo a força de segurança. 

A PSP destaca ainda que existe uma "correlação entre os locais com maiores aglomerados populacionais e os locais com maior número de ocorrências", destacando-se os centros turísticos das Áreas Metropolitanas de Lisboa e do Porto e também os transportes públicos.

O objeto do furto são "maioritariamente as carteiras, sendo que os suspeitos visam essencialmente o dinheiro vivo". No entanto, "assiste-se cada vez mais ao interesse dos carteiristas pelos cartões de débito/crédito e sua posterior utilização, quer para efetuar levantamentos de dinheiro, quer para proceder ao pagamento de compras". 

Os dados do Relatório Anual de Segurança Interna de 2022 demonstram que, de um modo global, o crime de furto por carteirista tem diminuído ao longo dos anos. Contudo, "o decréscimo acentuado" verificado nos anos de 2020 e 2021 "está relacionado com o período da pandemia, durante o qual houve menos pessoas a circular na via pública devido ao confinamento obrigatório". 

Note-se que, desde 2013, PSP pertence a uma rede informal de especialistas em carteiristas, a nível europeu, que visa partilhar informação e conhecimento sobre redes organizadas de suspeitos itinerantes, que fazem do furto por carteirista modo de vida. 

No âmbito desta cooperação policial, a PSP faz parte integrante do grupo EMPACT - European Multidisciplinary Platform Against Criminal Threats – uma plataforma multidisciplinar europeia contra as ameaças criminais, na qual é representada pelo Departamento de Investigação Criminal da Direção Nacional. Esta plataforma assegura a troca de informação e partilha de experiências, bem como a coordenação da participação em ações operacionais dedicadas ao fenómeno dos carteiristas.

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