Rixa leva a demolição sem aviso de casas de ciganos
A Câmara da Vidigueira mandou demolir um armazém onde viviam duas famílias de ciganos com cerca de 70 pessoas, no seguimento de uma rixa que envolveu tiros e que levou a que estas abandonassem o local por alguns dias. Ouvida pelo jornal Público, a população queixa-se de ter perdido tudo, sem pré-aviso.
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País Vidigueira
Um desentendimento entre as famílias Azul e Cabeça, com cerca de 70 pessoas, levou a que esta comunidade de ciganos abandonasse, durante alguns dias, o armazém onde residia, na Vidigueira.
O chamado Parque Estágio, que os albergava, tinha sido mandado construir pela Câmara Municipal, para que as famílias de ciganos abandonassem as ruínas do castelo da Vidigueira.
Mas quando estas voltaram ao armazém, sem luz ou água canalizada, depararam-se com um cenário inesperado. O edifício tinha sido demolido, a mando da autarquia, que alega que o local foi destruído no momento da rixa e que os custos para a sua recuperação seriam elevados.
Ouvidos pelo jornal Público, que conta hoje a história, os cidadãos reclamam o facto de não terem sido avisados, para poderem retirar os seus pertences. Já o presidente da Câmara alega que não tinha como avisar as pessoas, já que estas estavam ‘desaparecidas’, e assegura que o Parque Estágio era apenas um local de habitação provisória, já que se pretendia alojas as famílias na malha urbana.
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