Em comunicado, na página oficial da rede social Facebook, o Grupo Eskada diz ser com "enorme satisfação" que reabre as portas no sábado, depois de "momentos de angústia".
O Ministério da Administração Interna (MAI) confirmou, na segunda-feira, a reabertura do espaço depois de ter dado ordem de fecho da discoteca a 25 de setembro, após um relatório da PSP e comunicações da Câmara Municipal do Porto.
Em causa, segundo explicou à data fonte oficial do MAI, estava a avaliação pela autarquia da lotação máxima do espaço, bem como um pedido feito à Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) para que clarificasse questões relacionadas com saídas de emergência e bocas-de-incêndio.
"O que acabou por se constatar foi que o nosso estabelecimento foi prejudicado por um conjunto de incidentes (cerca de 14, em mais de 10 anos de atividade) que na sua esmagadora maioria decorreram no exterior do estabelecimento e que vinham causando alarme social", lê-se no comunicado de hoje do Eskada.
Segundo o Grupo, aqueles incidentes aconteceram no "espaço público, no qual nem o Eskada nem os seus funcionários podem ou devem ter qualquer atuação".
Salientando que a ordem de fecho foi emitida sem que o grupo tivesse sido "em momento alguém prévio" interpelado, nem feita "qualquer ação inspetiva prévia" da qual resultassem "falhas de segurança", o Grupo Eskada destacou o "imediato e eficiente" contacto com o Comando Metropolitano do Porto da PSP que "permitiu demonstrar o empenho na segurança" dos frequentadores do espaço.
"Após inspeções efetuadas pela ANEPC, Comando Metropolitano do Porto da PSP e pela câmara Municipal do Porto conclui-se, como não podia deixar de ser, não existirem quaisquer razões que justifiquem a continuidade do encerramento do Eskada Porto", refere o texto.
Na segunda-feira, o presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, confrontado com o anúncio de reabertura do espaço, disse esperar que o MAI acautele os direitos dos moradores na reabertura da discoteca com policiamento de proximidade.
"Espero que, no meio disto tudo, seja garantida a tranquilidade dos moradores e só pode ser feito através de policiamento de proximidade, uma vez que policiamento gratificado, o Ministério da Administração Interna (MAI) entende que não o deve ter", afirmou Rui Moreira, à margem da reunião privada do executivo.
Rui Moreira assegurou, no entanto, que a autarquia vai estar atenta se os direitos dos moradores são assegurados com a reabertura do espaço de diversão noturna, localizado na Rua da Alegria.
"Espero que esse assunto também tenha sido acautelado, mas tal como o encerramento não foi uma decisão nossa, também a reabertura não é", afirmou.
Questionado se a autarquia iria assegurar a fiscalização do horário de funcionamento do estabelecimento, Rui Moreira assegurou que sim, mas destacou que o problema do Eskada "não é sequer uma questão de horário".
"O problema que ali está é que há pessoas que não são admitidas no interior e que resolvem fazer a discoteca cá fora e há pessoas que, quando aquilo acaba, resolvem continuar a discoteca cá fora", referiu.
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