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"Tinha de ser os brasileiros". Acusado de racismo e agressão em Guimarães

O incidente terá ocorrido no GuimarãeShopping, depois de o homem ter sido informado que os funcionários não conseguiriam resolver o seu problema naquele local.

"Tinha de ser os brasileiros". Acusado de racismo e agressão em Guimarães
Notícias ao Minuto

20:45 - 20/10/23 por Notícias ao Minuto

País Guimarães

Um funcionário de nacionalidade brasileira de uma loja da empresa de telecomunicações NOS denunciou ter sido agredido e alvo de injúrias de teor racista por parte de um cidadão português, na noite de quarta-feira, em Guimarães.

Paulo Teixeira, de 27 anos, detalhou ter levado uma bofetada de um cliente português, que também o tentou sufocar, deixando-lhe o pescoço com marcas. O incidente terá ocorrido no GuimarãeShopping, depois de o homem ter sido informado que os funcionários não conseguiriam resolver o seu problema naquele local.

“Tinham de ser os putos dos brasileiros”, terá gritado o homem quando uma outra funcionária, também de nacionalidade brasileira, o informou que não o poderia ajudar, segundo contou o jovem ao Correio Braziliense.

Perante a situação, Paulo interveio, tendo pedido ao português, que estava acompanhado pela esposa, para que baixasse de tom e abandonasse o estabelecimento.

Foi nesse momento que o homem o esbofeteou e tentou sufocá-lo, levando à intervenção de um terceiro funcionário.

De acordo com o Correio Braziliense, o homem teve de ser retirado do local por um segurança, não tendo agredido a funcionária apenas porque a sua mulher o impediu.

Paulo Teixeira, que está em Portugal há um ano e três meses, garantiu que, apesar da violência, não vai desistir do seu sonho de construir uma nova vida em solo nacional, tendo ficado muito feliz quando conseguiu o emprego na loja da operadora telefónica por gostar da interação com o público. Contudo, já enfrentou momentos desagradáveis que, na sua ótica, se deveram ao racismo e à xenofobia de algumas pessoas.

“Alguns clientes que se sentem contrariados recorrem sempre ao facto de sermos brasileiros para nos humilhar. Mas, quando dizemos que vamos chamar a polícia, essas pessoas saem a correr e não voltam mais à loja”, disse.

No entanto, o caso de quarta-feira tomou outras proporções ao envolver uma agressão física, pelo que o brasileiro garantiu estar “disposto a ir até ao fim” por “uma questão de princípio”. “Houve agressão física. Isso não pode acontecer, nunca. Espero que tenha sido um acontecimento isolado, pois foi traumático para todos”, complementou.

O funcionário disse ter apresentado queixa junto das autoridades, além de ter realizado exames no Instituto de Medicina Legal.

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