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CEMGFA aponta "revalorização das carreiras" como para "cativar e reter"

O Chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas (CEMGFA) apontou hoje a "revalorização das carreiras" como forma de cativar e reter efetivos, e considerou que as taxas de execução da Lei de Programação Militar têm que aumentar.

CEMGFA aponta "revalorização das carreiras" como para "cativar e reter"
Notícias ao Minuto

13:35 - 05/09/23 por Lusa

País Forças Armadas

O general Nunes da Fonseca, que falava na cerimónia Militar comemorativa do 49.º aniversário do Estado-Maior-General das Forças Armadas (EMGFA), junto à estátua de D. Nuno Álvares Cabral, em Lisboa, realçou que a conjuntura atual está "fortemente marcada pela guerra na Ucrânia e por visíveis constrangimentos a nível interno, sobretudo em termos de pessoas para servirem nas Forças Armadas".

"Pessoas que temos que saber cativar e reter, concretamente por via do reconhecimento dos seus méritos e da revalorização das suas carreiras, procurando ir ao encontro das suas perspetivas de realização profissional e aspirações socioeconómicas", defendeu.

Na sua estreia numa cerimónia de aniversário do EMGFA desde que assumiu o cargo em março, o general traçou os objetivos estratégicos para os próximos três anos, realçando a necessidade de aumentar as taxas de execução da Lei de Programação Militar (LPM) -- que prevê um montante global de 5.570 milhões de euros até 2034.

Perante 180 militares dos três ramos das Forças Armadas formados em parada, Nunes da Fonseca defendeu o "desenvolvimento das capacidades conjuntas e prioritárias das Forças Armadas" tendo como objetivo "acelerar o seu processo de edificação e modernização e concorrer para o aperfeiçoamento do planeamento estratégico".

"Tal passará pela atualização da documentação estruturante da estratégia militar e pelo enfoque na Lei de Programação Militar, cujas taxas de execução deverão necessariamente aumentar", afirmou.

Quanto às missões operacionais, o general CEMGFA recordou que a conjuntura de guerra na Ucrânia "tem inexoravelmente impelido Portugal e todos os Aliados a incrementar a representação e a participação em missões militares no quadro das organizações internacionais que integra".

"Em paralelo, e internamente, afigura-se incontornável agilizar a articulação operacional das Forças Armadas com as diversas entidades do Sistema de Segurança Interna numa lógica de sinergias e de responsabilidades específicas e indeclináveis", considerou.

Entre os seis objetivos estratégicos que enumerou, um deles está relacionado com o Sistema de Saúde Militar.

Nunes da Fonseca quer "uma maximização das capacidades e das competências nesta área, em prol da qualidade dos serviços prestados aos militares e dos seus familiares", garantindo uma "particular atenção à melhoria do funcionamento do Hospital das Forças Armadas e das demais unidades de saúde dos ramos, bem como à mais rigorosa e coordenada gestão dos Quadros Especiais de Saúde, esta num contexto de inevitável competição de recursos com a homóloga envolvente civil".

A ação dos militares no apoio a emergências civis deve manter-se "oportuna e relevante, e mesmo ser ampliada", defendeu o CEMGFA, propondo uma "modernização dos processos, sistemas e tecnologias".

Por último, o general fez referência ao Ensino Superior Militar, propondo-se a "ampliar a sua dinâmica e capacidade de integração em redes de conhecimento, a nível nacional e internacional".

Na reta final do seu discurso, o general Nunes da Fonseca apelou ao "profissionalismo e empenho" dos militares e trabalhadores civis do EMGFA, pedindo confiança em si e reafirmando o compromisso "individual e de conjunto, de contribuir para umas Forças Armadas prontas, flexíveis, interoperáveis e tecnologicamente inovadoras, edificadas com realismo e aptas a cumprir com credibilidade as suas missões".

O Presidente da República e Comandante Supremo das Forças Armadas, Marcelo Rebelo de Sousa, e ministra da Defesa Nacional, Helena Carreiras, marcaram presença na cerimónia, entre outras entidades militares e civis.

[Notícia atualizada às 13h57]

Leia Também: Marcelo quer mais para as Forças Armadas. "Se não é agora, quando será?"

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