Meios de combate ao incêndio em Cascais abasteceram no mar. E há imagens

Em Portugal, a utilização de água salgada no combate aos incêndios tem sido escassa.

Meios de combate ao incêndio em Cascais abasteceram no mar. E há imagensVídeo

© Diogo Saldanha/Meteo Trás os Montes - Portugal

Notícias ao Minuto
26/07/2023 17:16 ‧ 26/07/2023 por Notícias ao Minuto

País

Incêndios

Meios aéreos de combate ao incêndio que deflagrou em Alcabideche, no concelho de Cascais, durante a tarde de terça-feira, foram vistos a abastecer no mar. Trata-se de um cenário pouco usual, uma vez que, de acordo com especialistas, o sal pode atrasar a normalização do equilíbrio natural da floresta e contaminar os recursos hídricos naturais.

Imagens partilhadas pela página Meteo Trás os Montes – Portugal mostram os aviões a abastecer ao largo de Cascais, por forma a combater o incêndio que deflagrou perto das 17h00 de terça-feira.

O uso de água salgada no combate a incêndios é uma técnica usada frequentemente em alguns países, como é o caso Grécia. Contudo, em Portugal, a sua utilização tem sido escassa. Ainda assim, e apesar de os bombeiros considerarem que o recurso à água salgada poderia ser um contributo valioso, especialistas alertaram, em declarações à agência Lusa, que “a reposição do ecossistema será atrasada pela presença do sal”, que “é um conservante”.

Por seu turno, um parecer do Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC) elaborado a pedido dos Ministérios da Administração Interna (MAI) e do Ambiente, Ordenamento do Território e Desenvolvimento Regional, e divulgado pelo mesmo meio, concluiu que, em termos genéricos, as análises à sensibilidade dos solos, das águas subterrâneas, da vegetação e dos habitats mostraram que esta técnica não apresenta consequências notórias, ainda que a deposição de cloreto de sódio possa causar uma concentração temporária de valores elevados de sal. Com uma concentração de 2 a 5%, os solos tornam-se improdutivos.

Recorde-se que o incêndio foi dado como dominado pelas 04h00, estando no local 591 operacionais, apoiados por 182 viaturas, de acordo com o site da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC).

Nove bombeiros sofreram ferimentos leves no combate às chamas, maioritariamente todos por "situações de exaustão", e quatro civis foram assistidos "por inalação de fumos", segundo revelou o comandante do Comando Sub-Regional de Emergência e Proteção Civil da Grande Lisboa, Hugo Santos, num ponto da situação realizado pelas 23h45 de terça-feira.

O incêndio florestal levou à retirada de perto de 90 pessoas "por precaução", incluindo dois grupos de escuteiros portugueses e espanhóis, adiantou à Lusa o presidente da Câmara de Cascais, Carlos Carreiras (PSD).

Foram ainda retirados moradores das localidades do Zambujeiro, Cabreiro ou Murches, estando a ser "feita uma avaliação" quanto ao seu eventual regresso a casa.

Por fim, cerca de 880 animais provenientes do canil municipal e da Associação São Francisco de Assis foram também transferidos para outro pavilhão municipal, sendo que "já estão todos de regresso aos seus locais de origem".

Leia Também: Incêndio em Cascais está já em fase de rescaldo, anuncia a ProCiv

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