O Ministério da Saúde cancelou a reunião negocial prevista para esta terça-feira com a Federação Nacional dos Médicos (FNAM).
A denúncia é feita pela própria federação de médicos que, em comunicado, refere que recebeu com "tristeza" a informação do cancelamento do encontro, a apenas a algumas horas da realização do mesmo.
"O Ministro da Saúde manifestou estranheza e até tristeza com o anúncio da greve de 5 e 6 de julho, por parte da FNAM, mas nada fez para o evitar: em 14 meses de negociações e 17 reuniões negociais, não apresentou nem uma proposta concreta de atualização das grelhas salariais ou de um muito propagandeado e muito vago regime de dedicação para os médicos. Agora, vem cancelar mais uma reunião negocial", acusam os médicos.
A Federação Nacional dos Médicos considera que, desta forma, o ministro da Saúde demonstra amadorismo em relação aos seus parceiros sociais e "uma clara fragilidade e falta de capacidade política em resolver os problemas", numa altura em que se "agudiza a falta de médicos nos centros de saúde e nos serviços de urgência".
Dada a situação, refere esta mesma entidade que a greve marcada para 5 e 6 de julho é cada vez mais uma "inevitabilidade".
A Federação Nacional dos Médicos (FNAM) anunciou, na sexta-feira, uma nova greve para 5 e 6 de julho, alegando que o Governo continua sem apresentar uma proposta de aumentos salariais a menos de um mês do fim das negociações.
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