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Menina "sem sinais de doença" após tratamento com células CAR-T no IPO

O IPO esclareceu que "os tratamentos anteriores não conseguiram eliminar completamente as células tumorais, persistindo uma quantidade de doença residual que não permitia realizar um transplante de medula com garantias de sucesso".

Menina "sem sinais de doença" após tratamento com células CAR-T no IPO
Notícias ao Minuto

10:45 - 01/06/23 por Notícias ao Minuto

País IPO Lisboa

O Instituto Português de Oncologia de Lisboa (IPO Lisboa) levou a cabo, pela primeira vez em Portugal, uma terapia inovadora no tratamento do cancro do sangue em crianças, com recurso a células CAR-T. O procedimento foi realizado em dezembro do ano passado e, atualmente, a menina está “estável e sem sinais de doença”.

“O primeiro procedimento em crianças com recurso a células CAR-T foi realizado no IPO Lisboa em dezembro último a uma doente que se encontrava já na terceira recaída de uma leucemia linfoblástica aguda tipo B”, esclareceu a entidade, em comunicado.

O IPO elucidou ainda que “os tratamentos anteriores não conseguiram eliminar completamente as células tumorais, persistindo uma quantidade de doença residual que não permitia realizar um transplante de medula com garantias de sucesso”. Contudo, agora, a menina está “estável e sem sinais de doença”.

De acordo com a instituição de saúde, este tratamento que tem por base a modificação genética de células tem uma taxa de sucesso de 90% nas primeiras fases da doença e, em Portugal, é pioneiro na área da leucemia pediátrica. A terapêutica está inclusivamente indicada para casos de leucemia linfoblástica aguda B, particularmente em segundas recaídas, recaídas após transplante de medula ou em doença refratária.

“Esta é uma forma de imunoterapia, ou seja, recorre ao próprio sistema imunitário do doente para combater a doença. O processo inicia-se com a colheita de linfócitos (células que fazem parte do grupo dos glóbulos brancos) dos doentes e encaminhamento para o laboratório de criobiologia, após o que seguem para os laboratórios dos Estados Unidos e Europa que fazem a modificação genética”, pode ler-se na mesma nota.

Depois, estas “células modificadas são novamente infundidas no sangue do doente através de um cateter venoso, num processo semelhante a uma transfusão”. São estas as células CAR-T, que “conseguem detetar as células tumorais no organismo do doente e vão atacar diretamente as células malignas e ajudar a eliminá-las”.

O IPO ressalvou ainda que este processo “envolve a preparação da criança com quimioterapia e um acompanhamento permanente do seu estado clínico”.

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