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Trabalhadores da Lusa lamentam "imobilismo" e "falta de proatividade"
Os sindicatos representativos dos trabalhadores da Lusa lamentaram hoje o "imobilismo" e a "falta de proatividade" da administração da agência noticiosa, que diz continuar "a aguardar autorização" da tutela para ir além dos 74 euros/mês de aumentos salariais.
© Notícias ao Minuto
País Sindicatos
Num comunicado divulgado após uma reunião, na quinta-feira, com o presidente do Conselho de Administração (PCA) da agência, os sindicatos dizem ter sido informados por Joaquim Carreira de que "continua a aguardar autorização dos ministérios da Cultura e das Finanças para ir além dos 74 euros/mês de aumentos salariais" e formalizar uma contraproposta aos 100 euros reclamados pelos trabalhadores.
"O PCA também ainda não obteve autorização para negociar a revisão do contrato de serviço público que a Lusa mantém com o Estado, o maior acionista da Lusa, empresa do Setor Empresarial do Estado", acrescentam, lamentando "o imobilismo e a falta de proatividade da administração da empresa".
No comunicado hoje divulgado, os sindicatos dos Jornalistas (SJ), dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Atividades do Ambiente do Centro-Sul e Regiões Autónomas (SITE CSRA) e dos Trabalhadores do Setor de Serviços (SITESE) criticam também "a falta de respeito do Governo para com os trabalhadores da Lusa".
Isto porque "o ministério das Finanças, a quem cabe autorizar a despesa relativa aos aumentos salariais, continua sem se reunir com os representantes sindicais, apesar de estes terem reforçado os pedidos de reunião".
Os sindicatos garantem contudo, que "os trabalhadores não desistem e mantêm a jornada de luta, tendo aprovado greves para 09 a 12 de junho e na semana das Jornadas Mundiais da Juventude, nos primeiros dias do mês de agosto [dos dias 03 a 06]".
Os trabalhadores da Lusa reivindicam "um aumento de 100 euros no salário base para fazer face a 12 anos sem aumentos, ou seja, menos de 10 euros por cada um dos 12 anos".
No âmbito dos convites feitos a várias personalidades para visitar a Lusa, a agência recebe na próxima quarta-feira, pelas 09:30, os deputados da Comissão Parlamentar de Cultura.
Em 30 e 31 de março e 01 e 02 de abril o serviço da Lusa, a única agência de notícias em língua portuguesa, ficou paralisado na sequência de uma greve de quatro dias.
"Com esse fecho, houve notícias que não se fizeram, tanto em Portugal como no estrangeiro. Sem uma Lusa presente, forte e com os trabalhadores valorizados, muitos territórios do país e de outros pontos do mundo não teriam qualquer presença no panorama mediático nacional", salientam os sindicatos.
Leia Também: MP abre inquérito a alegado assédio de professor a menor em Aljezur
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