Nova embaixadora da Ucrânia em Lisboa agradece apoio de Portugal

A nova embaixadora da Ucrânia em Lisboa apresentou hoje credenciais no Ministério dos Negócios Estrangeiros, agradecendo o apoio de Portugal em plena invasão russa e vincando a intenção de adesão ucraniana à União Europeia e à NATO.

Zelensky, Ucrânia, Dia da Bandeira,

© Presidência da Ucrânia

Lusa
10/05/2023 19:36 ‧ 10/05/2023 por Lusa

País

Ucrânia/Rússia

Maryna Mykhailenko foi recebida pelo secretário-geral do Ministério dos Negócios Estrangeiros de Portugal, Francisco Ribeiro Telles, para entregar cópias das suas credenciais, deixando palavras de agradecimento "a Portugal e aos portugueses por terem demonstrado solidariedade com a Ucrânia desde o primeiro dia de agressão não provocada da Rússia em grande escala", segundo uma nota da representação de Kyiv em Lisboa.

"Sublinhou-se que a assistência de Portugal tanto na esfera militar como humanitária é altamente valorizada na Ucrânia, tendo-se manifestado esperanças na sua continuação até ao pleno restabelecimento da soberania e integridade territorial da Ucrânia dentro das fronteiras internacionalmente reconhecidas", prossegue a nota.

A Embaixada da Ucrânia refere ainda que foram discutidas novas medidas no quadro do diálogo bilateral e as aspirações euro-atlânticas da Ucrânia.

"Foram realçadas as aspirações europeias e euro-atlânticas do nosso país, em particular, as esperanças que até ao final deste ano seja tomada a decisão do Conselho Europeu sobre a transição para as negociações de pré-adesão da Ucrânia e as expectativas no quadro dos preparativos para a Cimeira da NATO em Vílnius", conclui a nota.

O Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, assinou em 21 de fevereiro o decreto que designa Maryna Mykhaylenko como embaixadora extraordinária e plenipotenciária ucraniana junto da República Portuguesa.

Em 24 de junho de 2022, Zelensky decidiu afastar a embaixadora que estava em funções, Inna Ohnivets, que disse ter sido avisada da decisão dois dias antes, e considerou tratar-se de uma "rotação agendada".

Entre os projetos de cooperação, Portugal está envolvido na reconstrução da Ucrânia, em concreto de escolas destruídas na região de Jitomir, na Ucrânia central onde o ministro dos Negócios Esreangeiros, João Gomes Cravinho, esteve presente em agosto passado, havendo a perspetiva de serem inauguradas ainda este ano.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou até agora a fuga de mais de 14,7 milhões de pessoas -- 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 8,2 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Pelo menos 18 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.

A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra, que hoje entrou no seu 441.º dia, 8.791 civis mortos e 14.815 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.

Leia Também: Russos continuam a pressionar Bakhmut enquanto Kyiv estuda contraofensiva

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