O Presidente da República recusou comentar, esta quarta-feira, as vozes que indicam que, em 2024, António Costa vai trocar o cargo de primeiro-ministro de Portugal pelo de presidente da Comissão Europeia.
Ao ser abordado pelos jornalistas, após um discurso no Parlamento Europeu, em Estrasburgo, Marcelo Rebelo de Sousa disse que não se vai pronunciar sobre essa matéria, adiantando apenas que "Portugal tem muito peso a nível europeu, quer através do primeiro-ministro, quer através do secretário de Estado das Comunidades, quer através da nossa representação a nível das nossas embaixadas", tal como "através dos eurodeputados".
Apesar disso de recusar comentar uma possível ida de António Costa para um cargo europeu, o Chefe de Estado sublinhou a importância de começar a preparar as eleições europeias de 2024.
"Estamos no fim de um ciclo, falta um ano para até às eleições [europeias]. Como há uma questão muito, muito urgente - que é a guerra e o caminho para a paz - há o risco de esquecer outras questões fundamentais, que é o peso com que sai a Europa depois da guerra", salientou, acrescentando que há questões que têm de ser discutidas antes de chegarmos às urnas.
"Queremos ser uma potência global, queremos o alargamento -mas preparado cuidadosamente para poder ser um sucesso - e isso implica parar e definir como é que vai ser a governação financeira e económica da Europa", atirou.
Para Marcelo é assim fundamental que "se abra para o mundo", em termos de migrações, fale da juventude e ainda se preocupe "com os mais pobres e idosos", principais vítimas da inflação. E Portugal, tem de abordar assuntos que "se não falar, poucos falarão", como é o caso "dos problemas das migrações" e das ligações à América Latina e a África.
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