O Ministério Público (MP), deduziu, no dia 20 de abril, acusação contra um arguido pela prática de três crimes de denúncia caluniosa e um crime de falsidade informática. O homem fingiu o rapto da própria mãe, criou perfis nas redes sociais fazendo-se passar por esta e até contactou o Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DIAP) e a Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV).
Com base na nota divulgada pela Procuradoria-Geral Regional de Lisboa, o arguido, em novembro de 2020 enviou uma mensagem eletrónica para o DIAP de Lisboa "afirmando que a mãe tinha sido raptada de casa, identificando na mensagem a alegada autora do rapto".
Dias depois, o homem criou, numa rede social, uma conta em nome da mãe e colocou uma fotografia daquela, afirmando que tinha sido sequestrada.
O MP não clarifica qual o objetivo do homem, mas revela ainda que este, a partir da conta criada "e assumindo assim a identidade da progenitora", enviou uma mensagem privada, por essa rede social, para a conta da APAV, reforçando a história de que tinha sido raptada e que era vítima de violência doméstica.
Já em dezembro de 2020, o arguido apresentou uma denúncia anónima na plataforma 'denuncie aqui' do DCIAP, fazendo-se passar, novamente, pela mãe.
Ao identificar os suspeitos, o homem colocou os nomes das duas ofendidas.
Ainda segundo o MP, tudo não passou de uma mentira, e a mãe do arguido nunca foi raptada.
A investigação foi dirigida pelo Ministério Público do DIAP de Lisboa, coadjuvado pela Unidade Nacional Contraterrorismo da Polícia Judiciária, revela ainda a nota.
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