A Polícia Judiciária (PJ) - no âmbito de uma investigação em curso e em cumprimento de mandado emitido pelo DIAP de Faro -, identificou e deteve, no norte do país, uma mulher, de 38 anos de idade, por suspeitas da prática do crime de burla qualificada, falsificação de documentos e outros.
A mulher estava fugida à justiça aproximadamente há dez anos, pela prática de crimes da mesma natureza em várias localidades do país. Em 2020, juntamente com outro arguido, já anteriormente identificado e detido, não compareceu a julgamento, sendo declarada contumaz.
O seu modus operandi passa por conhecer indivíduos através das redes sociais, a quem diz possuir falsas qualidades profissionais de juíza, advogada, funcionária do SEF e da Polícia Judiciária e outras, "com os quais acaba por encetar relacionamentos amorosos, com o intuito de se apropriar do seu património", pode ler-se no comunicado a que o Notícias ao Minuto teve acesso.
Noutra situação, a burlona conseguiu convencer os responsáveis de uma Sociedade de Gestão e Contabilidade, localizada no Algarve, a "confiarem-lhe a gestão da empresa e, depois de ter acesso às instalações e às credenciais de acesso às respetivas contas bancárias, apropriou-se de valores avultados quer das contas da empresa, quer de valores que lhe foram entregues pelos clientes para liquidação de obrigações às Finanças e à Segurança Social", pode ler-se ainda.
A suspeita ocultava a sua atividade ilícita com recurso a apresentação de documentos falsos por si fabricados. Como agravante, quando foi detida, estava consigo um menino, com cerca de dois anos de idade, "aparentemente seu filho, do qual possuía uma certidão de nascimento falsa".
Sobre estes factos encontra-se a correr termos processo de subtração de menores. Com o especial contributo da Guarda Nacional Republicana local foi conduzida para acolhimento em Instituição.
A detida irá ser presente a primeiro interrogatório judicial para aplicação de medidas de coação.
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