Na conferência de imprensa final de um Conselho Europeu de dois dias que teve entre os principais pontos em agenda um longo debate entre os 27 sobre a forma de melhorar a competitividade da União Europeia, em Bruxelas, António Costa defendeu que um dos elementos fundamentais passa por "desenvolver o Pilar Europeu dos Direitos Sociais, para acelerar e reforçar a capacidade de acesso à educação, à educação superior, à formação ao longo da vida, à realização de boas condições sociais para que a Europa possa atrair e reter talento".
"E é por isso também que no próximo dia 27 de maio, quando assinalamos o segundo aniversário da Cimeira Social do Porto, iremos organizar no Porto o Fórum Social, precisamente para manter um acompanhamento dos diferentes indicadores do Pilar Social, que são uma condição essencial para a competitividade da economia europeia", disse.
Em dezembro passado, o secretário de Estado dos Assuntos Europeus já anunciara, no parlamento, a realização de um Fórum Social do Porto, para fazer o seguimento da Cimeira Social realizada durante a presidência portuguesa da União Europeia (PPUE), mas ainda sem uma data específica.
Tiago Antunes avançou na altura que o objetivo desta iniciativa é fazer "o acompanhamento e avaliação dos compromissos e objetivos" fixados na Cimeira para a concretização do Pilar Europeu dos Direitos Sociais e decidir sobre "linhas de continuidade ou aprofundamentos".
Depois de os chefes de Governo e de Estado da UE se terem comprometido com metas para 2030, como uma taxa de emprego de 78%, de pelo menos 60% dos adultos frequentarem cursos de formação todos os anos e ainda uma redução do número de pessoas em risco de exclusão social ou pobreza em pelo menos 15 milhões de pessoas, incluindo cinco milhões de crianças, a ideia é fazer nesse fórum um ponto da situação dos esforços dos 27, já haviam adiantado fontes europeias à Lusa em novembro passado
Definida pela presidência portuguesa como ponto alto do semestre, a Cimeira Social teve no centro da agenda o plano de ação do Pilar Social Europeu, apresentado pela Comissão Europeia meses antes.
Na ocasião, os chefes de Estado e de Governo da UE comprometeram-se "a aprofundar a implementação" do Pilar Europeu dos Direitos Sociais, defendendo que este seja um "elemento fundamental da recuperação" pós-crise pandémica.
A quarta presidência portuguesa da UE decorreu entre 01 de janeiro e 30 de junho de 2021.
Leia Também: Marcelo e Costa juntos hoje na abertura da Cimeira Ibero-Americana