A diretora dos serviços de Psiquiatria do Instituto Português de Oncologia (IPO), a médica Lúcia Monteiro, é suspeita de ter falseado informações clínicas de diagnóstico a Joe Berardo, com o intuito de fazer com que o empresário conseguisse ser dispensado de apresentar-se em tribunal, reporta a TVI/CNN Portugal.
O falso veredito médico pretenderia fazer com que Berardo se esquivasse ao processo em que é acusado de burla e fraude fiscal, no valor de cerca de mil milhões de euros, que acabou por deixar de crédito mal parado em vários bancos portugueses.
A médica terá, em 2021, redigido um relatório clínico onde atestava que Joe Berardo estava já em situação de ‘deficit’ cognitivo - o que fazia com que, consequentemente, tivesse a memória recente comprometida.
O atestado comprovava, ainda, outros problemas de saúde ao empresário, elemento que tem sido usado pela sua defesa em tribunal - que alega que Berardo não tem as capacidades necessárias para se defender em tribunal, visto que apresenta dificuldade em recordar-se das decisões empresariais tomadas em dados momentos da carreira.
Segundo reportam as estações televisivas, Lúcia Monteiro foi já, inclusive, alvo de buscas por parte da Polícia Judiciária (PJ) ao longo das últimas duas semanas. A médica é também, inclusive, arguida por suspeitas do crime de atestado falso.
No âmbito das investigações, as autoridades apreenderam ainda à médica correspondência trocada com advogados de defesa do empresário citado, que passou a ser incluída ao processo enquanto elemento de prova.
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