Um grupo de ativistas, com máscaras de gás, pintou de amarelo a fachada da sede da EDP, na Avenida 24 de Julho, em Lisboa, na manhã desta quinta-feira.
Os responsáveis são, segundo a 'Parar o Gás', apoiantes do movimento que optaram por esta via para denunciar "o crime" da empresa "em lucrar às custas das nossas carteiras e da nossa vida".
O ataque surge depois de ter sido anunciado, esta quarta-feira, que a EDP totalizou 679 milhões de euros de lucro em 2022, mais 3% do que no ano anterior.
A 'Parar o Gás' recorda que este lucro foi atingido num "ano marcado pela seca extrema causada por alterações climáticas" e pelo "aumento das contas da casa e preços da comida, sentidos pela maioria das pessoas em Portugal".
"Há já muito tempo que a EDP sabe que a queima de gás fóssil, tal como de todos os combustíveis fósseis, é a causa das alterações climáticas extremas que experienciamos e que continuam a agravar-se. A seca que demarcou o ano 2022 em Portugal demonstra a crise climática em que vivemos e que é da responsabilidade de empresas como a EDP. As alterações climáticas vão continuar a agravar-se se continuarmos a usar gás fóssil", lê-se ainda no comunicado enviado pela plataforma de ação ao Notícias ao Minuto.
A 'Parar o Gás' defende "como alternativa ao colapso climático e à austeridade, 100% de eletricidade renovável e acessível a todas as pessoas até 2025, combatendo assim a utilização de gás fóssil e os preços obscenos da energia.
Além do protesto de hoje, no dia 13 de maio, a 'Parar o Gás' ameaça bloquear a entrada principal de Gás Fóssil em Portugal, o terminal de Gás Natural Liquefeito em Sines.
Entretanto, estarão presentes, na sexta-feira, dia 3 de março, na Greve Climática Global, e no dia 1 de abril na manifestação pelo Direito à Habitação.
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