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Ataque no aniversário da guerra? "Ucranianos têm por dever estar prontos"

José Milhazes comentou ainda o impasse no envio de armamento à Ucrânia, que mostra que a UE e a NATO "não se prepararam nada para nenhum tipo de guerra".

Ataque no aniversário da guerra? "Ucranianos têm por dever estar prontos"
Notícias ao Minuto

20:45 - 02/02/23 por Notícias ao Minuto

País José Milhazes

José Milhazes rejeitou, esta quinta-feira, a possibilidade de a Rússia avançar com uma grande ofensiva na Ucrânia no dia do primeiro aniversário da invasão. Na ótica do historiador, o ataque deverá ser “antes ou depois”, uma vez que Kyiv já estará à espera de uma escalada a 24 de fevereiro. 

No seu espaço de comentário na SIC Notícias, o também jornalista considerou ainda que o impasse no envio de armamento à Ucrânia mostra que a UE e a NATO "não se prepararam nada para nenhum tipo de guerra".

“Se atacarem no dia 24, os ucranianos têm por dever estarem prontos para o ataque”, começou por afirmar Milhazes, admitindo, contudo, que “existe um fetichismo por datas na Rússia”. 

Ainda ontem, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, alertou que o "inimigo está a tentar ganhar algo agora para mostrar no aniversário da invasão que a Rússia supostamente tem algumas hipóteses".

Sobre a 24.ª cimeira UE-Ucrânia, que se realiza amanhã, em Kyiv, Milhazes considerou que os Estados Unidos da América (EUA) e a União Europeia (UE) “estão a brincar” no que diz respeito ao envio de armamento ao país invadido pela Rússia. “Não estão a olhar de forma séria para uma guerra. Publicamente entraram numa grande discussão sobre que tipo de armas se manda, um manda um, outro manda outro”, afirmou.

E atirou: “Isto mostra que a UE e a NATO não se prepararam nada para nenhum tipo de guerra”.

Para o comentador, “não são só as Forças Armadas Portuguesas que estão na crise em que estão - pobres”, mas sim “vários países” da aliança transatlântica. “Se isto é verdade, [o presidente russo] Vladimir Putin tem argumentos para continuar a guerra”, frisou.

O conflito entre a Ucrânia e a Rússia começou com o objetivo, segundo Vladimir Putin, de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia. A operação foi condenada pela generalidade da comunidade internacional.

A ONU confirmou que mais de sete mil civis morreram e cerca de 12 mil ficaram feridos na guerra, sublinhando que os números reais serão muito superiores e só poderão ser conhecidos quando houver acesso a zonas cercadas ou sob intensos combates.

Leia Também: Aviões russos ainda não deixaram a Bielorrússia, acusam ucranianos

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