JMJ? Ferreira Leite diz-se "triste e envergonhada" com a "controvérsia"
Manuela Ferreira Leite defendeu os valores gastos nas JMJ "se temos a visão do investimento".

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Política Manuela Ferreira Leite
Para Manuela Ferreira Leite, a importância da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) para a juventude "mantém-se, é real", mesmo que o investimento "desagrade".
Sobre os valores que têm estado envoltos em polémica, nomeadamente os vários milhões que custarão o palco-altar, a antiga ministra diz-se mais "triste e envergonhada", do que "escandalizada".
A antiga presidente do PSD, Manuela Ferreira Leite, disse ainda que espera que a polémica "não chegue aos ouvidos do Papa Francisco".
"Se alguém me convidasse para jantar e eu soubesse que a grande discussão que havia lá em casa era que não se sabia se havia de se dar lagosta ou carapau, eu não ia jantar", disse, aludindo ao facto de o Papa vir a Portugal, às JMJ.
Diz-se ainda triste, porque, "quando se pretende fazer qualquer coisa neste país, fica-se sempre ofuscado por controvérsia, por todo o lado, de manhã à noite, por toda a gente, o que desqualifica imediatamente a iniciativa."
Por isso, diz, no programa Crossfire, da CNN Portugal, "a probabilidade de um responsável político não tomar nenhuma decisão e não fazer absolutamente nada começa a ser cada vez maior".
Isto significa, assevera, um "país bloqueado". A antiga ministra das Finanças diz que o valor do altar é controverso apenas "se eu pensar que ele amanhã se vai embora". "Se for isso, acho imenso. Mas acho imenso se for 5 milhões, como 4, como 3, como 2. Acho um desperdício".
"Agora, se temos a visão do investimento, não acho nem muito nem pouco porque acho que o retorno é muito superior ao investimento que é feito", disse.
Manuela Ferreira Leite lembrou ainda como os investimentos da Expo 98 revitalizaram a zona, defendendo assim o investimento nas JMJ, e afirmando "total confiança no Engenheiro Carlos Moedas".
A Jornada Mundial da Juventude, para muitos o maior acontecimento da Igreja Católica, realiza-se este ano em Lisboa, entre 1 e 6 de agosto, sendo esperadas cerca de 1,5 milhões de pessoas. As principais cerimónias da jornada - que tem como momento alto uma missa dirigida pelo Papa Francisco - decorrem no Parque Tejo, a norte do Parque das Nações, na margem ribeirinha do Tejo, em terrenos dos concelhos de Lisboa e Loures.
O altar-palco onde o Papa Francisco dará a missa final deste evento terá capacidade para cerca de 2 mil pessoas, metade das quais deverão ser bispos.
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