O dirigente do Sindicato de Todos os Professores (STOP), André Pestana, falou, esta sexta-feira, aos jornalistas, depois da reunião entre o Governo e a organização sindical, referindo que "o ministro [da Educação] continua a não ver a importância desta grande mobilização uma vez que está a questionar a greve e a querer implementar serviços mínimos a partir de dia 1 de fevereiro".
De acordo com André Pestana, a reunião terminou sem acordo uma vez que o ministro não apresentou grande cedência ao pessoal docente. "Esta luta não é só de professores, é dos colegas não docentes", sublinhou.
"Apesar do ministro da Educação constatar uma luta fortíssima (...), ficámos perplexos em ver que esse documento não tinha uma única linha relativamente às questões dos colegas não docentes", afirma.
A greve agendada para o próximo dia 28 de janeiro mantém-se.
Questionado pelos jornalistas sobre o que faria o STOP terminar com as greve, o dirigente do sindicato refere que "se o Governo cedesse no fim das cotas ao 5.º e 6.º anos, e fizesse um aumento de 120 euros para todos os profissionais, iria acalmar a grande luta".
Além disso, "uma calendarização de outras negociações se isso acontecer também que iria acalmar a greve", acrescentou, sublinhando que o "ministro remeteu para o ministro das Finanças".
No entanto, André Pestana frisou que "a última palavra vai ser dos profissionais", e a greve continuará "até que os profissionais estejam satisfeitos com as cedências, que não foram nenhumas hoje".
As negociações entre o Governo e as organizações sindicais do setor sobre o regime de concursos de professores aconteceram esta sexta-feira, com um protesto em frente ao Ministério da Educação.
[Notícia atualizada às 14h57]
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