O texto, que mereceu o voto favorável de todas as bancadas e deputados únicos, assinala que "a Assembleia da República manifesta o seu profundo pesar pelo falecimento de Maria Manuel Viana, lamentando a perda que a sua partida representa para a vida cultural do país e apresentando as suas mais sentidas condolências aos seus familiares e amigos."
Maria Manuel Viana morreu no dia 12 de dezembro, aos 67 anos.
A escritora licenciou-se em Filologia Românica na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra e a par com a carreira literária foi professora durante mais de 30 anos na Figueira da Foz, no distrito de Coimbra, em Castelo Branco e em Lisboa.
Entre as obras que produziu destacam-se "A Paixão de Ana B.", "A Dupla Vida de Maria João", "O Verão de todos os silêncios" ou "A Geografia do Mundo".
Este ano foi incluída na antologia "Vinte grandes contos de escritoras portuguesa", o que no projeto apresentado pelo PS confirmou "o seu espaço entre as principais escritoras portuguesas contemporâneas".
Os socialistas acrescentam que em simultâneo com a produção literária foi também vereadora na Câmara Municipal de Castelo Branco, no final da década de 1990, eleita pelas listas do PS e com o pelouro da cultura.
Maria Manuel Viana também foi responsável pela coordenação do Gabinete para a Igualdade e contra a Violência sobre Mulheres e Crianças daquele município, assim como pelo Centro de Área Educativa e a Comissão Distrital de Proteção de Menores.
"A nota emitida, aquando do seu falecimento, pela Direção-Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas traduz bem o sentimento de perda para a cultura portuguesa e evidencia o legado que transmite às gerações vindouras através da sua obra: 'a literatura portuguesa está mais pobre, mas os seus livros estão aí', finaliza o voto de pesar.
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