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Parlamento aprova pesar pela morte de João Semedo, da Academia do Johnson

O parlamento aprovou, esta sexta-feira, por unanimidade, um voto de pesar apresentado pela bancada do PSD pela morte de João Semedo Tavares, fundador da Academia do Johnson, dedicada à integração social de crianças e jovens de meios desfavorecidos.

Parlamento aprova pesar pela morte de João Semedo, da Academia do Johnson
Notícias ao Minuto

13:48 - 09/12/22 por Lusa

País João Semedo

João Semedo Tavares, nascido em São Tomé e Príncipe e que cresceu no Bairro da Cova da Moura, no concelho da Amadora, morreu aos 50 anos no passado dia 30 de novembro.

No voto do PSD agora aprovado considera-se que João Semedo Tavares, mais conhecido por Johnson, "é exemplo de superação e de dedicação à comunidade, sendo que o seu legado continuará a impactar centenas de vidas".

Fundador da Academia do Johnson, que tem como lema 'Somos Aquilo que Fazemos', João Semedo acompanhou ao longo de vários anos centenas de crianças e jovens oriundos de meios sociais economicamente mais desfavorecidos.

A sua associação, que foi distinguida recentemente com uma menção honrosa no Prémio Manuel António da Mota, presta diariamente apoio escolar, organiza múltiplas atividades extracurriculares de desporto, teatro, música e dança, e promove a reintegração de jovens ex-reclusos, trabalhando em rede e com os serviços da comunidade.

"Através da educação e do desporto, a obra de João Semedo Tavares tem contribuído para o empoderamento de centenas de crianças e jovens e para a promoção de valores de inclusão, cidadania e solidariedade. A sua visão, ao procurar atuar do lado da prevenção de situações de risco, tem alargado os horizontes de todos aqueles que se cruzaram consigo e que vivenciaram e beneficiaram do trabalho que a sua Associação tem desenvolvido", lê-se no texto do voto apresentado pelo PSD.

João Semedo trabalhou também com jovens na Associação Moinho da Juventude, na Cova da Moura, e em casas de acolhimento para jovens em risco, e foi motorista na agência Lusa. Lançou, pela Alêtheia Editores, o livro "Estou Tranquilo", relatando a sua experiência de vida.

Também realizou várias palestras, através das quais contou o seu percurso, com uma passagem pelo mundo do crime e pela prisão, revelando aos mais jovens que o crime não compensa e que a educação e o desporto - como o futsal, modalidade de que era jogador e treinador -, são fatores chave de cidadania.

Logo no dia 30 de novembro, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, lamentou a morte de João Semedo Tavares, elogiando-a pelo "exemplo e ativismo na inclusão dos jovens pelo desporto".

Marcelo Rebelo de Sousa enalteceu o trabalho da Academia do Johnson, "associação que tantas vidas tocou no concelho da Amadora e no país", que visitou pela primeira vez em fevereiro de 2020.

Na passada terça-feira, o chefe de Estado voltou à Academia do Johnson para assistir ao jogo da seleção portuguesa contra a Suíça, dos oitavos de final do Campeonato do Mundo de Futebol, que se disputa no Qatar.

Leia Também: Eutanásia. Iniciativa vai esta sexta-feira a votação final global

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