Polícia sinaleiro é uma profissão que, atualmente, já caiu em desuso mas, no século passado, fez parte da vida vibrante da cidade de Lisboa. E é isso mesmo que recorda a autarquia, numa publicação nas redes sociais: a figura da autoridade era tão acarinhada que, no Natal, os lisboetas (até) lhe faziam ofertas.
"O polícia sinaleiro era uma figura de grande importância na vida de Lisboa, desde os anos 30 do século XX", começa por lembrar a Câmara Municipal de Lisboa, num post colocado este domingo nas redes sociais.
Na cidade, "existiam cerca de 120 agentes que regulavam a circulação de carruagens de tração animal, cavaleiros, automóveis e transeuntes".
E esta quadra festiva era a 'desculpa ideal' para os habitantes mostrarem o apreço pelo polícia sinaleiro: "No Natal, eram homenageados pelos lisboetas com diferentes ofertas, como pode ver nas fotografias da coleção de Ferreira da Cunha", é também acrescentado.
A imagem pertence ao Arquivo Municipal de Lisboa.
De recordar que, no passado mês de maio, o Comando Metropolitano da Polícia de Segurança Pública (PSP) de Lisboa despediu-se do Agente Principal Paixão, o "sinaleiro mais famoso de Lisboa". O agente foi reconhecido pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, no seu último turno de serviço.
O momento - e a despedida - ficaram, na altura, marcados nas redes sociais do Comando. "É com orgulho que o Comando Metropolitano de Lisboa da PSP se despede do Agente Principal Paixão", é afirmado, recordando-se ainda que o sinaleiro "ocupou lugar no cruzamento da Rua Junqueira, criando diariamente laços com a população local e também com a Presidência da República sediada nas imediações".
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