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Proteção Civil espera "longos dias de trabalho" para repor normalidade

A Proteção Civil espera longos dias de trabalho para repor a normalidade, começando já esta noite para garantir que o agravamento do estado do tempo previsto para quarta-feira "não tem um impacto tão grande".

Proteção Civil espera "longos dias de trabalho" para repor normalidade
Notícias ao Minuto

21:51 - 13/12/22 por Lusa

País Mau tempo

Em conferência de imprensa na sede da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), o comandante nacional, André Fernandes, disse que a expectativa para as próximas horas, nas quais se espera uma acalmia no mau tempo, é a de "uma noite de trabalho", de preparação e prevenção para o agravamento das condições meteorológicas previsto a partir das 09:00 de quarta-feira e até às 18:00 desse dia.

"Nós esperamos é uma noite de trabalho, onde as ações de reabilitação vão ser fundamentais para garantir que este período crítico de amanhã não tenha um impacto tão grande como aconteceu hoje", disse André Fernandes.

Segundo o comandante nacional, os trabalhos para garantir a reposição da normalidade vão prolongar-se por dias.

"É uma situação de reposição da normalidade que vai durar dias, esperam-nos longos dias de trabalho em cooperação com as diferentes entidades e também com a população. Vamos manter o dispositivo até ser necessário", disse, precisando que se mantêm no terreno trabalhos de estabilização e retirada de águas.

No terreno estão meios vindos de outros distritos, nomeadamente Viseu ou Leiria, mas também solicitados às Forças Armadas, que não têm ainda data para terminar a missão, mas também ainda não se verifica a necessidade de pedir um reforço de meios, explicou André Fernandes, precisando que a maioria foi destacada para a região de Lisboa.

Sobre a saturação de barragens e bacias hidrográficas, a Proteção Civil está atenta à situação de norte a sul do país, mas André Fernandes destacou que "existe preocupação em particular com as zonas em que tem tido mais impacto a precipitação", nomeadamente "a área metropolitana de Lisboa, a bacia do Tejo e obviamente o distrito de Portalegre, onde caiu um quantitativo de precipitação muito grande e danificou e teve uma ação muito direta junto destas populações".

"São áreas que nos importam, nos preocupam e que estamos a monitorizar no terreno", disse.

Sobre os 99 desalojados -- aos 82 contabilizados durante o dia juntam-se 17 desta noite na zona da Trafaria, Almada, mas apenas por questões de precaução -- o comandante nacional adiantou que estão a ser acompanhados pelos serviços municipais e Segurança Social.

"Neste momento, não há nenhuma situação referenciada a que não tenha sido dado o devido acompanhamento. É uma situação que está localmente a ser resolvida e não houve ainda necessidade de haver intervenção quer no escalão distrital quer no escalão nacional, portanto os serviços municipais, com a Segurança Social e tudo o que é o dispositivo montado deu resposta a estas situações", disse.

A Proteção Civil mantém as recomendações à população, nomeadamente para que ninguém saia de casa sem necessidade. Sobre os cortes de vias e perturbações nos transportes públicos, André Fernandes recomendou a consulta dos sites das concessionárias e da própria ANEPC.

Quanto às escolas encerradas, acrescentou que as pessoas devem "validar" junto dos estabelecimentos a sua reabertura na quarta-feira, uma vez que as condições de segurança estão a ser avaliadas caso a caso.

"Esta foi uma situação atípica do ponto de vista de precipitação, vamo-nos focar agora na reabilitação, no levantamento dos danos. É isso que agora nos importa, é restabelecer a normalidade e dar aqui alguma tranquilidade e repor a segurança também na circulação de pessoas nas áreas afetadas", disse André Fernandes.

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