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Eutanásia. Presidente da República diz não estar "fechado numa cápsula"

Marcelo Rebelo de Sousa falava sobre a lei da Eutanásia após dar uma aula na Escola Básica e Secundária de Ourém, no dia em que os professores protestam de norte a sul do país. Terça-feira ou quarta-feira são dias de provável visita ao setor da Saúde.

Eutanásia. Presidente da República diz não estar "fechado numa cápsula"

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, esteve esta manhã na Escola Básica e Secundária de Ourém, no distrito de Santarém, onde deu uma aula a jovens estudantes desta escola. À saída, aos jornalistas, realçou ser "sensível" ao protesto dos professores, convocado pelo Sindicato de Todos os Professores (S.TO.P.) e aproveitou para falar ainda sobre a polémica lei da Eutanásia.

"Ao longo do processo, que já leva sete anos, com várias legislaturas, fui ouvindo e conhecendo tudo o que me chegava. O processo de maturação da decisão vai sendo enriquecido e eu não estou fechado numa cápsula fora do mundo, alheia àquilo que setores diferentes da sociedade portuguesa vão dizendo sobre uma lei que está a atingir um momento final de saída do Parlamento", resumiu o chefe de Estado, que tem garantido que a ponderação sobre o projeto de lei da Eutanásia aprovado no Parlamento na semana passada será "rápida".

Marcelo Rebelo de Sousa aproveitou ainda para anunciar que irá fazer uma ronda de visitas às urgências hospitalares "amanhã [terça-feira], ou depois de amanhã [quarta-feira]".

Sensibilidade

Marcelo Rebelo de Sousa deu uma aula-debate na Escola Secundária de Ourém, numa altura em que os professores organizam um protesto de norte a sul do país.

"Sou sensível, nos vários graus de ensino, porque sou professor, àquilo que é a situação dos professores, o que viveram durante a pandemia, os efeitos pós-pandemia e o reajustamento numa sociedade em que a quebra da natalidade colocou problemas, no número de alunos e nos rearranjos orgânicos", começou por explicar o chefe de Estado, recordando estar "em curso" um processo de descentralização em que "um dos domínios é o da Educação, e em que não está envolvido só o Estado como as autarquias".

É sobre elas, aliás, que recai a responsabilidade de dar uma resposta "às necessidades e o sucesso daquilo que seja a Educação cada vez melhor", defendeu Marcelo. Agora, uma coisa deixou clara: "Não tomo posições sobre iniciativas sindicais."

Isto porque, no início da manhã, Marcelo Rebelo de Sousa tinha já argumentado que os professores se queixam "muitas vezes com razão" das suas condições laborais.

O Sindicato de Todos os Professores (S.TO.P.) convocou uma greve por tempo indeterminado, que arrancou a 9 de dezembro. Em causa estão as propostas de alteração aos concursos destes profissionais, entre outras exigências.

Área ardida

Nesta segunda-feira, o Presidente da República visitou ainda uma residência no concelho de Ourém, que ardeu nos incêndios deste verão, a única que funcionava como primeira habitação. Por lá, garantiu que a população tem recebido apoios da autarquia para colmatar os danos, nomeadamente a construção de raiz de uma nova habitação naquele mesmo local.

[Notícia atualizada às 14h16]

Leia Também: "Os professores são do mais importante que temos", diz Marcelo

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