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Cravinho espera conclusão de acordo da UE com Mercosul em 2023

O ministro dos Negócios Estrangeiros português, João Gomes Cravinho, disse hoje esperar, em 2023, a conclusão dos acordos comerciais entre a União Europeia (UE) e os países da América Latina, como os do Mercado Comum do Sul (Mercosul).

Cravinho espera conclusão de acordo da UE com Mercosul em 2023
Notícias ao Minuto

16:10 - 25/11/22 por Lusa

País João Gomes Cravinho

Falando aos jornalistas portugueses em Bruxelas no final de Conselho de Negócios Estrangeiros, vertente de Comércio, o chefe da diplomacia portuguesa apontou que, no encontro, os ministros europeus da tutela abordaram "vários acordos em fase de negociação entre a UE e os países da América Latina, nomeadamente do Chile, México e Mercosul".

"No nosso caso, sublinhámos a grande relevância de, em 2023, conseguirmos finalizar os acordos com os países da América Latina", apontou João Gomes Cravinho.

"Indiquei que, na sua passagem por Portugal, o presidente Lula [da Silva] sublinhou o seu grande empenho em finalmente chegarmos a um acordo entre a União Europeia e o Mercosul e que isso representa para nós um estímulo muito importante para que a UE volte à mesa das negociações muito rapidamente com aquilo que falta, que é uma proposta para paralela, relacionada com sustentabilidade, relacionada com o combate à desflorestação e a preservação da Amazónia", assinalou o ministro português.

Lula da Silva veio dizer que pretendia apostar, durante a sua Presidência, na integração regional, no Mercosul e em outras iniciativas latino-americanas, bem como no diálogo com os países da África, União Europeia e Estados Unidos.

O acordo comercial da UE com os países do Mercosul - Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai - foi acordado pelas partes há três anos, altura em que foram concluídas as negociações, mas a sua ratificação está paralisada por causa das reservas ambientais colocadas por diversos Estados-membros, liderados pela França.

De momento, a UE está a trabalhar numa declaração que especifica os compromissos ambientais, especialmente no caso do Brasil, que tem a ver com o combate à desflorestação da Amazónia, e à garantia do cumprimento do Acordo do Clima de Paris.

Este acordo comercial UE-Mercosul envolve 25% da economia global e 780 milhões de pessoas, quase 10% da população do mundo.

No final de outubro, Luiz Inácio Lula da Silva, 77 anos, foi eleito Presidente do Brasil, com 50,90% dos votos, derrotando Jair Bolsonaro (extrema-direita), que obteve 49,10%, quando estavam contadas 99,93% das secções eleitorais.

Lula da Silva, que já cumpriu dois mandatos entre 2003 e 2011, regressa ao Palácio do Planalto.

Hoje, no Conselho de Comércio da UE, os ministros europeus discutiram ainda as relações comerciais com os Estados Unidos, centradas no Conselho de Comércio e Tecnologia e nas repercussões das disposições consideradas discriminatórias contidas na nova lei norte-americana de redução da inflação.

Sobre esta questão, João Gomes Cravinho realçou a "necessidade de manter, regras semelhantes, em cada lado do Atlântico", admitindo que no encontro foi manifestada "preocupação em relação às recentes medidas anunciadas pela administração Biden" para redução da inflação, "uma medida que procura atribuir subsídios para empresas americanas e, nesse sentido, desequilibrar aquilo que é o comércio aberto a favor de empresas americanas".

Leia Também: Costa manifesta apoio a COP30 na Amazónia e quer novo impulso EU/Mercosul

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