"A questão das listas deixa sempre muita gente nervosa nos partidos, mas é preciso ter calma e ponderação", afirmou Miguel Albuquerque, que é também presidente do Governo Regional de coligação PSD/CDS-PP, que tomou posse em 2019, quando os social-democratas perderam pela primeira vez a maioria absoluta na Região Autónoma da Madeira.
Falando à margem de uma visita à sede do Grupo Alberto Oculista, no Funchal, Albuquerque disse que seria um "contrassenso" os partidos avançarem para as eleições com listas próprias, considerando que tal significaria que o Governo Regional não estava a correr bem.
"Como o Governo está a correr bem, é um Governo eficaz, é um Governo que gera confiança na nossa sociedade, seria um contrassenso não irmos coligados", declarou.
O líder social-democrata admitiu, no entanto, a existência de alguma tensão interna face à elaboração das listas, em relação aos nomes e à posição que vão ocupar, afirmando que o assunto será decidido "na altura própria" pelas direções dos dois partidos.
"Temos tempo para isso", disse, reforçando: "Temos ainda um ano de Governo pela frente, temos um orçamento para aprovar e para executar, temos no próximo ano o início do próximo quadro comunitário de apoio que exige grandes responsabilidades, temos uma situação de incerteza na conjuntura internacional que exige que o Governo esteja atento a cada evolução semanal".
A eleição para a Assembleia Legislativa da Região Autónoma da Madeira, que dará posse ao Governo Regional para o período 2023-2027, deverá ocorrer em setembro ou outubro do próximo ano.
Na atual legislatura, o PSD e CDS-PP têm, juntos, maioria absoluta no parlamento regional, com 24 dos 47 lugares (21 social-democratas e três centristas). O PS tem 19 deputados, o JPP três e o PCP um.
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