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Ministério Público faz novas buscas à casa de Manuel Pinho

Antigo ministro da Economia está em prisão domiciliária.

Ministério Público faz novas buscas à casa de Manuel Pinho
Notícias ao Minuto

16:45 - 03/11/22 por Marta Amorim com Lusa

País Manuel Pinho

O Ministério Público está, esta quinta-feira, a fazer novas buscas à residência do ex-governante Manuel Pinho, avança a SIC. O antigo ministro da Economia está em prisão domiciliária numa quinta em Gondizalves, Braga, com uma área de cerca de um hectare e meio.

Manuel Pinho está obrigado a circular apenas no perímetro habitacional e tinha pedido alargamento do mesmo. O que lhe foi negado no início de outubro. 

O canal de televisão avança ainda que as autoridades recolheram vários bens tais como móveis, pinturas, fotografias, obras de arte e uma máquina de flippers.

Os procuradores do MP promoveram o arresto da pensão de Manuel Pinho, com a junção de diversos apensos aos autos após o acórdão do mês passado do Tribunal da Relação de Lisboa (TRL) que revogou a apreensão da pensão de reforma do antigo ministro, na ordem dos 26 mil euros. A promoção do MP veio a ser acolhida pelo juiz do TCIC, segundo adiantou esta quinta-feira o Correio da manhã e confirmou entretanto a Lusa.

Contudo, questionado sobre este pedido de arresto sobre a pensão de reforma de Manuel Pinho, o advogado Ricardo Sá Fernandes assumiu não ter sido ainda notificado dessa decisão, remetendo esclarecimentos adicionais para mais tarde.

A pensão de reforma do antigo ministro esteve já apreendida no âmbito deste processo, mas essa situação foi revogada em meados de outubro pelo TRL, com os desembargadores a considerarem que o montante da pensão não poderia ser um produto dos crimes que são imputados a Manuel Pinho.

A anterior apreensão da pensão de reforma de Manuel Pinho tinha sido decretada pelo juiz Carlos Alexandre num despacho de 25 de janeiro de 2022, ficando o valor a receber limitado a três salários mínimos (cerca de 2.100 euros) além dos saldos de várias contas bancárias.

O caso EDP está relacionado com os Custos de Manutenção do Equilíbrio Contratual (CMEC) no qual os antigos gestores António Mexia e Manso Neto são suspeitos de corrupção e participação económica em negócio para a manutenção do contrato das rendas excessivas, no qual, segundo o MP, terão corrompido o ex-ministro da Economia Manuel Pinho e o ex-secretário de Estado da Energia Artur Trindade.

Manuel Pinho foi constituído arguido no verão de 2017, por suspeitas de corrupção e branqueamento de capitais, num processo relacionado com dinheiros provenientes do Grupo Espírito Santo (GES). No processo EDP/CMEC, o MP imputa aos antigos administradores António Mexia e Manso Neto, em coautoria, quatro crimes de corrupção ativa e um crime de participação económica em negócio.

O processo tem ainda como arguidos Ricardo Salgado, antigo presidente do GES, João Conceição, administrador da REN e antigo consultor de Manuel Pinho, e Artur Trindade, ex-secretário de Estado da Energia de um governo PSD.

[Notícia atualizada às 18h19]

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