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Temido terá ligado a diretores de serviços para cancelar férias a médicos

A denúncia é feita pelo Sindicato Independente dos Médicos (SIM), que fala em, pelo menos, quatro chamadas.

Temido terá ligado a diretores de serviços para cancelar férias a médicos
Notícias ao Minuto

19:34 - 12/08/22 por Marta Amorim

País Marta Temido

A ministra da Saúde, Marta Temido, terá telefonado a diretores de serviço de vários hospitais do Serviço Nacional de Saúde (SNS) a questionar por que não tinha cancelado as férias dos médicos, de forma a suprir as falhas nas escalas que têm provocado encerramentos de serviços em hospitais de todo o país.

A denúncia é feita pelo Sindicato Independente dos Médicos (SIM) que, num comunicado com o título 'Assim não vai lá, Sr.ª Doutora', dirigido a Marta Temido, faz a acusação. 

Nele pode ler-se que a ministra fez "telefonemas a diretores de serviço a questioná-los por não terem suspendido as férias dos médicos em resposta à falta de recursos agravada por abandonos em massa do SNS ou substituir diretores clínicos na esperança que sejam tirados coelhos da cartola".

Contactado pelo Notícias ao Minuto, o presidente do SIM, Jorge Roque da Cunha, confirma que o SIM recebeu denúncias por parte de "pelo menos quatro diretores de serviços hospitalares tiveram telefonemas diretos da senhora Ministra só na última semana". 

"Os telefonemas foram feitos no sentido de ajudar a fazer as escalas. A Ministra, em vez de estar preocupada em cumprir o que foi acordado no processo negocial, para evitar que médicos saiam do Serviço Nacional de Saúde, faz isto", refere Roque da Cunha.

Em vez de assumir uma atitude "escaladora", diz o presidente do SIM, deve recordar-se que "os sindicatos continuam a aguardar a recepção do protocolo negocial acordado há 15 dias e a marcação de datas negociais".

"Da nossa parte tem total disponibilidade para esse processo negocial e largar preocupações de curto prazo como as escalas de fim de semana ou o pagamento extra das horas extraordinárias", assevera. 

Desde o início do verão que a situação das urgências se tem agravado, com vários serviços de obstetrícia e ginecologia a fechar.

Roque da Cunha relembra que o protocolo que "levou sete horas a acordar" não está disponível "para assinar", e "muito menos as propostas estão para negociação". 

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