Incêndios. Portugal sai da Contingência e recua para situação de Alerta

Decisão foi divulgada pelo ministro da Administração Interna. Governo volta a avaliar a situação na próxima terça-feira.

José Luís Carneiro

© Horacio Villalobos#Corbis/Corbis via Getty Images

Beatriz Maio
17/07/2022 11:19 ‧ 17/07/2022 por Beatriz Maio

País

Incêndios

O ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, revelou este domingo que, ao reavaliar a situação no país relativamente aos incêndios, o Governo decidiu não renovar situação de Contingência (que, assim, terminará às 23h59), com Portugal a passar a estar em estado de Alerta.

De acordo com o governante, esta mudança deveu-se à previsão da descida de temperatura nos próximos dias. "As temperaturas vão baixar 2 a 8 graus", e, como tal "exige que adotemos a situação de Alerta", disse José Luís Carneiro.

Para além da redução dos valores de temperatura, o ministro esclareceu que serão repostos os níveis de humidade, nomeadamente no período noturno. "Estaremos com níveis de humidade abaixo de 30%, o que é ainda muito elevado", apontou, recordando, contudo, que quando foi declarada situação de Contingência "estávamos com níveis abaixo de 20 e 10%"

"O nível de alerta estará em vigor entre as 00h00 de e as 23h59 de terça-feira, dia em que voltaremos a reavaliar"

Os responsáveis dos diversos ministérios chamados, na manhã de hoje à Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) decidiram, assim, em conjunto com o Presidente da República e o primeiro-ministro, entenderam que se pode "baixar o nível de exigência na mobilização de recursos e dos meios tendo em vista recompor os meios disponíveis".

A decisão de baixar o nível para Alerta será reavaliada terça-feira ao final do dia, em conjunto com a Proteção Civil, com base nas condições climatéricas visto que, na quarta-feira, prevê-se que as temperaturas voltem a subir. "O nível de alerta estará em vigor entre as 00h00 de e as 23h59 de terça-feira, dia em que voltaremos a reavaliar", destacou o ministro com a pasta da Administração Interna.

Assim sendo, para tomar uma nova decisão, terão que ser tidos em conta, segundo José Luís Carneiro, "os fatores de risco para os incêndios florestais".

O ministro salientou ainda que esta redução do nível em que o país se encontra permitirá responder às necessidades dos agricultores na cultura de sequeiro, porque será possível "realizar  a cultura de cereais entre as 6h00 e as 10h00 e as 19h00 e as 22h00".

Recorde-se que Portugal continental entrou em situação de Contingência, o segundo nível de resposta previsto na Lei de Bases da Proteção Civil, na passada segunda-feira e, na quinta, o Governo decidiu prolongar esta situação até hoje.

Na última semana, o país enfrentou temperaturas elevados e o dia mais quente foi na quarta-feira, em que quase todos os distritos estiveram sob aviso vermelho, o mais grave emitido pelo Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA). Este foi também o dia em que a ANEPC registou o maior número de incêndios rurais este ano, num total de 193.

Os fogos florestais consumiram este ano mais de 38 mil hectares, cerca de 25 mil dos quais na última semana, a maior área ardida desde 2017, segundos dados provisórios do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) e levaram a que mais de mil pessoas tivessem que ser retiradas.

[Notícia atualizada às 11h49]

Leia Também: AO MINUTO: Portugal recua para Alerta; Funeral de piloto realiza-se hoje

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